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Saúde Vacinação

Rio Verde e Anápolis projetam volta às aulas

Previsão de gestores locais é para agosto deste ano

19/05/2021 10h07 Atualizada há 4 anos
Por: Santa Helena Agora Fonte: O Popular
Bruno Velasco/Prefeitura de Anápolis
Bruno Velasco/Prefeitura de Anápolis

Com o início da vacinação dos trabalhadores da educação conta a Covid-19, nesta terça-feira (18), Rio Verde e Anápolis pretendem retomar as aulas presenciais na rede pública em agosto. Os dois municípios foram os primeiros a começarem a campanha para este público, com expectativa de completarem e esquema vacinal a tempo de reabrirem as escolas no início do segundo semestre letivo.

Em Rio Verde, a imunização dos professores começou às 11 horas desta terça-feira (18) em dois pontos: a Escola Municipal Chafic Antônio, no Bairro Liberdade; e a Secretaria Municipal de Educação. Após a vacinação de 2 mil pessoas que atuam na rede municipal, a campanha será ampliada para os trabalhadores da rede estadual e do ensino superior. Em nota, a prefeitura do município diz que a vacinação está sendo feita para o planejamento do retorno das aulas em agosto.

Anápolis

Em Anápolis, estão sendo vacinados profissionais das redes pública e privada que atuam na educação infantil e no ensino fundamental. A prefeitura estima que são 6 mil trabalhadores, no total. Já em Rio Verde serão imunizados, inicialmente, apenas os servidores vinculados à Secretaria Municipal de Educação. São cerca de 2 mil pessoas.

De acordo com o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, a volta às aulas presenciais não será obrigatória para todos os alunos. “Não vamos voltar sem segurança. Vamos providenciar condições para que as escolas possam se preparar. Os pais podem ficar tranquilos. Se vocês (pais) têm acesso à internet e computador, poderão seguir com o ensino remoto. Se vocês não têm essa condição, seu filho poderá voltar para o ambiente escolar.”

A primeira profissional a ser vacinada contra a Covid-19 em Anápolis foi a professora Keila Cristina Ferreira, de 41 anos, que atua no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Nazaré Cunha Leão, no Setor Residencial Pedro Ludovico. Ela atua na rede municipal há 12 anos e trabalha com crianças de 4 e 5 anos. Nazaré, que teve Covid-19 em agosto do ano passado sem sintomas graves, relata que está ansiosa para o retorno das atividades presenciais. “Se eu pudesse, já voltava amanhã. Estamos com saudades da rotina com as crianças. Desde o início desta pandemia, eu já queria me vacinar”, afirma.

O prefeito Roberto Naves diz que, apesar de o município ainda não ter completado a vacinação das pessoas com comorbidades, 90% do grupo já foram alcançados. De acordo com ele, por conta disso, o início da imunização dos educadores não seria considerado um atropelo às orientações do Programa Nacional de Imunização (PNI), já que mesmo com a finalização da vacinação deste grupo, o município ficará com um estoque significativo de doses. O secretário de Saúde de Anápolis, Júlio Spíndola, diz que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) já foram informados sobre o início da imunização.

Onde

Para atender a este público, seis pontos de vacinação foram preparados em Anápolis. Pedestres serão atendidos no ginásio do Centro Universitário UniEvangélica, na Cidade Universitária, Banco de Leite, no Novo Paraíso, e unidade de saúde Santa Maria de Nazareth. Já a modalidade drive-thru está ocorrendo na CMTT, na Vila Esperança, e unidades de saúde dos bairros JK e Anexo Itamaraty.

Ampliação será discutida em GO

Apesar de a vacinação ter começado em Anápolis, ainda não existe previsão de quando ela vai começar no restante do Estado. Em 26 de abril, o governador Ronaldo Caiado (DEM) havia anunciado a imunização de professores em maio, para volta às aulas em julho, mas ainda não há previsão para o cumprimento da promessa por conta de diversos fatores. No dia 6 de maio, o titular da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, explicou ao POPULAR que a questão só voltaria a ser discutida pelo Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) no fim deste mês.

No dia 3 de maio houve a cassação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski de uma liminar que autorizava a vacinação de professores e de profissionais da Segurança Pública no Rio de Janeiro. Dois dias depois, em 5 de maio, houve também a suspensão pelo ministro Edson Fachin, da sentença do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) que autorizava a vacinação contra a Covid-19 dos integrantes das forças de segurança pública e salvamento. As decisões influenciaram o cenário local. 

Além disso, recomendações do Ministério Público Federal e MP-GO pedem que o Estado respeite a ordem de imunização dos grupos prioritários.

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