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Política Casa nova

Nova sede entra na reta final e Alego já se prepara para a mudança

A entrega parcial será no 2º semestre desse ano e a definitiva, em janeiro de 2022

27/04/2021 07h14
Por: Santa Helena Agora Fonte: Agência Assembleia de Notícias
Carlos Costa/Agência Assembleia de Notícias
Carlos Costa/Agência Assembleia de Notícias

Com grande parte dos serviços em fase de conclusão, a obra de construção da nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás se aproxima do fim. A edificação, localizada no Parque Lozandes, será chamada de Palácio Maguito Vilela; uma homenagem dos parlamentares dessa 19ª Legislatura ao político, vítima da covid-19, no início de 2021. A entrega parcial está prevista para o segundo semestre desse ano e, logo nos primeiros dias de 2022, a Alego deve ser transferida para o novo prédio: mais amplo, confortável, econômico e sustentável. Como foi projetado para a atividade parlamentar, considerando a dinâmica dos trabalhos legislativos, será, também, mais funcional, o que refletirá em melhores respostas para as demandas da sociedade goiana. 

A nova sede oferecerá uma estrutura muito mais adequada para a realização das sessões plenárias, debates, audiências e outros eventos que determinarão os caminhos do desenvolvimento do estado. “Sem dúvidas, a conclusão da nova sede da Assembleia será um dos legados da atual administração e um marco para a história do Parlamento goiano. Nossa expectativa é de que o processo de transferência para o novo espaço aconteça a partir de janeiro de 2022, mas a finalização das obras deve acontecer já em outubro desse ano. Estamos ansiosos e orgulhosos de poder entregar, em breve, um prédio moderno, sustentável e com toda estrutura necessária para atender da melhor forma toda a população do estado de Goiás”, ressalta o presidente Lissauer Vieira. 

De acordo com o responsável técnico pela obra, o engenheiro Rodrigo Santos, os estudos realizados para a concepção do projeto arquitetônico do local consideraram aspectos específicos da dinâmica de funcionamento do Poder Legislativo, otimizando a ocupação e a distribuição dos setores em seu interior, de forma a melhor possibilitar a atividade parlamentar. “O projeto também tem boa integração da Casa com a população, que é o público-alvo desse serviço. E como a atual gestão prioriza a atenção aos municípios, um prédio projetado para as especificidades dos trabalhos legislativos, fortalece o municipalismo”, disse.

O engenheiro explica que a construção é, na verdade, um complexo que abrigará a sede da Assembleia, a Escola do Legislativo (que hoje funciona em um prédio alugado, localizado próximo à atual sede), um grande auditório e três miniauditórios, que poderão ser utilizados pela população. Além, ainda, de uma grande área externa com jardins e um estacionamento com capacidade para quase mil veículos. 

A conclusão da obra da nova sede acontece depois de pouco mais de 15 anos desde o início dos trabalhos, passando por paralisações, rescisão de contrato e uma nova licitação para contratação de outra empresa para executar os serviços. O certame licitatório e a consequente retomada dos serviços, em 2019, foi o divisor de águas: a partir de então, os serviços não pararam e houve, inclusive, a antecipação da entrega do prédio, em oito meses. Isso tudo foi possível graças ao comprometimento das últimas gestões, reconhecido pelo presidente Lissauer. “Esse esforço não é somente da nossa gestão, mas também das gestões do deputado Helio de Sousa (PSDB) e do então deputado José Vitti (PSDB), que conseguiram fazer todo o trâmite do projeto arquitetônico e de engenharia”.     

O presidente Lissauer Vieira não esconde o seu entusiasmo com a mudança. “A entrega da nova sede do Poder Legislativo está cada vez mais próxima de acontecer, mesmo com os contratempos ocasionados em razão da pandemia de covid-19. A celeridade nas obras do novo prédio da Alego é resultado de um trabalho planejado com muita responsabilidade, transparência e, acima de tudo, compromisso público”.

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Parte dos serviços da nova sede da Alego já foi concluída e outra está em fase de conclusão. O foco, agora, é a concentração de esforços na etapa de acabamento, que também já está bem adiantada. Segundo o responsável técnico pela obra, Rodrigo Santos, os setores A, B e C da edificação, que vão abrigar a sala da Presidência, os gabinetes parlamentares, as diretorias e as atividades administrativas (que correspondem a 95% da área total de 44.500 m²), já tiveram a fase de acabamento iniciada.

Rodrigo Santos detalha que, nesses locais, já estão concluídos o piso, as paredes internas, as instalações básicas elétricas, redes lógicas, de ar-condicionado, hidráulicas, as esquadrias e a estrutura do forro. De acordo com ele, agora estão em execução serviços como o fechamento das paredes das áreas de circulação para os corredores e a montagem dos elementos externos às salas de trabalho, a exemplo de corrimãos, parapeitos, elevadores, extintores e equipamentos do gênero. “Para a finalização da obra nesses setores, a grosso modo, faltam a conclusão da execução das instalações em geral, montagem final do forro, conclusão das portas e pintura e limpeza finais, o que permitirá à Alego o início da montagem do mobiliário e equipamentos”, esclarece.

Conforme o engenheiro, a parte que abriga o plenário principal e o auditório merecem atenção especial, já que são as áreas de maior complexidade construtiva. “Especificamente no auditório e plenário principais, existe uma grande quantidade de sistemas especiais, além daqueles convencionais, a exemplo de sistema e painel de votação, infraestrutura para a TV Alego, audiofonia, taquigrafia, recebimento da imprensa, sonorização e outros, o que define a necessidade de montagem paulatina desses sistemas, o que levará mais tempo que as áreas administrativas. Mas mesmo esses dois ambientes já estão com 100% da estrutura concluída, e foi iniciada neles a fase de revestimentos externos”, disse. 

Com relação à parte externa do complexo, que totaliza 13,3 mil m², Rodrigo Santos explica que a execução dos serviços não está vinculada ao encadeamento do trabalho no interior da edificação e, por isso, já vem sendo executada. “São estacionamentos, várias calçadas, iluminação e preparação para o recebimento de sistemas de vigilância eletrônica, bem como mais 10 mil metros quadrados de gramados e áreas permeáveis. A instalação está sendo realizada conforme o cronograma e a previsão da sua conclusão é para os meses finais da obra”, detalha.

O responsável técnico também enfatiza que, após a conclusão de todos os trabalhos, a construtora responsável fará a entrega parcial da obra. Segundo ele, após esse ato, a Assembleia poderá iniciar sua instalação no local, mas que também passará a realizar uma minuciosa verificação de todos os elementos e componentes. E, ainda, fará testes, por todas as áreas, para verificar se podem surgir defeitos e necessidades de ajustes e correções. “Nessa hipótese, conforme estabelecido em lei e no contrato, quaisquer defeitos deverão ser corrigidos pela executora da obra, que ainda estará mobilizada. Esse período de ocupação e testes se estenderá por três meses e, só após esse período, será feita a entrega definitiva da obra e a desmobilização da executora”.

Mudança contempla toda a sociedade

A transferência do Poder Legislativo e a desocupação do prédio que abriga a atual sede da Alego não trarão benefícios somente para os parlamentares, funcionários e para quem frequenta o local. Toda a população goiana será impactada, direta ou indiretamente.

Uma reportagem publicada na última edição da Revista Alego traz, em detalhes, pelo menos oito aspectos em que a nova sede da Assembleia proporcionará benefícios para o povo goiano. A começar por um dos assuntos mais relevantes, atualmente: a sustentabilidade. No novo prédio haverá redução no consumo de água e energia elétrica, já que a água das chuvas e toda a água gerada pelo sistema de ar-condicionado será capturada e usada na limpeza e na jardinagem. Com relação às chuvas, parte da água ainda será captada em caixas para a recarga do lençol freático, além da absorção natural na grande extensão de área permeável.

Por sua vez, a economia na energia elétrica virá da iluminação 100% em led, a tecnologia mais utilizada atualmente por conta do baixo gasto e da durabilidade e do uso restrito do ar-condicionado e da iluminação artificial. Outro impacto positivo será no trânsito da região da atual sede, asfixiado pelo grande número de estabelecimentos comerciais, residenciais e uma grande escola. O grande movimento de pessoas na Casa de Leis ajuda a estrangular o tráfego. Com a mudança, todos os veículos que circulam e estacionam com o público da Alego sairão dali.

Na nova sede, o estacionamento com 919 vagas será suficiente para absorver toda a demanda, de modo que o trânsito do entorno não será impactado por carros parados na via pública ou circulando em baixíssima velocidade à procura de vagas. 

Com a mudança da sede, além do patrimônio histórico, a cultura, o lazer e o meio ambiente também terão um reforço em Goiânia, já que o prédio do Legislativo estadual passará para as mãos da Prefeitura da Capital, que deve destiná-lo a um complexo cultural. A doação do prédio já está legalizada, com a aprovação da lei 17.990/13. Além disso, a nova sede contemplará o chamado “novo normal”, que deve continuar, mesmo depois da pandemia, com o devido distanciamento físico. As galerias do plenário, com capacidade para 222 pessoas, permitirão que o público acompanhe as sessões e outras atividades, mantendo uma distância de segurança. 

O engenheiro Rodrigo Santos destaca, também, a funcionalidade e a modernidade do projeto. “Mesmo concebido antes do ano de 2005, há mais de uma década, o projeto arquitetônico, em suas linhas gerais, é moderno. Além da arquitetura, na ocasião da recontratação da obra, foram revistas e modernizadas todas as instalações da edificação, dotando-a de infraestrutura de dados moderna e sistemas de segurança contra incêndio e de vigilância de excelência”, disse.

Outra grande preocupação, principalmente na pandemia, em que os governos têm tido gastos excepcionais para o combate à covid-19, é com o uso dos recursos públicos. Nesse aspecto, a nova sede também será sinônimo de ganhos para o Estado. Além da economia com o fim das obras, que, quando paradas, estavam deteriorando, também haverá redução nos recursos usados para manutenção, reformas e adequações no prédio atual. Isso sem falar na economia no consumo de água e energia elétrica, na futura sede. E se haverá redução, é preciso mostrar ao público. A eficiência da infraestrutura de trabalho para a área de comunicação da Alego dará ao cidadão meios mais eficientes de acompanhamento das atividades. Esse é, sem dúvida, outro grande ganho para a sociedade goiana.

Mesmo com todas as adversidades trazidas pela epidemia do novo coronavírus, o estado de Goiás tem conseguido crescer. Parte desse resultado vem da contribuição do Poder Legislativo, que tem cumprido com muito empenho, dedicação e responsabilidade o seu dever de casa, votando e propondo projetos de relevância para o controle da pandemia, e apoiando iniciativas que contribuam com a retomada econômica. É a Alego que propõe e delibera sobre os projetos que chegam e tratam de questões que garantam os avanços socioeconômicos para a nossa gente.

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