O ex-presidente Fernando Collor de Mello, preso na madrugada desta sexta-feira (25) no Aeroporto Internacional de Maceió, demonstrou estar sereno durante toda a ação da Polícia Federal (PF), segundo relatos ouvidos pela CNN. “Não houve desespero nem qualquer situação fora do controle. A operação ocorreu de forma discreta, sem filmagens, sem algemas e sem exposição pública”, publicou a jornalista Isabel Mega.
Após a abordagem, Collor foi levado para uma sala na superintendência da PF em Alagoas — e não para uma cela. A corporação agora aguarda orientações do Supremo Tribunal Federal (STF) para definir os próximos passos, incluindo a possibilidade de transferência para Brasília.
Ainda segundo a CNN, a transferência pode ocorrer somente após o julgamento do último recurso da defesa no plenário virtual do STF. Os ministros têm até as 23h59 desta sexta-feira para apresentar os votos.
Fernando Collor foi preso após ser condenado a oito anos e dez meses de prisão em regime fechado por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, revelado durante as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a decisão judicial, o ex-presidente teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas. Em troca, ele atuaria para favorecer contratos entre a estatal e a empresa UTC Engenharia, especialmente para a construção de bases de armazenamento e distribuição de combustíveis.
A ordem de prisão imediata foi emitida por Alexandre de Moraes após a rejeição do segundo recurso apresentado pela defesa do político, esgotando as possibilidades de contestação na esfera judicial. De acordo com os advogados de Collor, o ex-presidente foi abordado por agentes federais por volta das 4h da manhã e conduzido à Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. A expectativa é de que ele seja transferido para Brasília ainda hoje para iniciar o cumprimento da pena determinada pelo STF.
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