O convite aconteceu na sexta-feira (21), durante reunião em São Paulo, e, segundo apurou o Painel, o senador deu retorno positivo à proposta, ainda que não definitivo.
Na função, o senador poderia ajudar na composição do programa de governo e na articulação política, entre outras atribuições.
Com isso, Randolfe deve desistir da disputa pelo governo do Amapá e começar a trabalhar o nome de um substituto. Lucas Abrahão (Rede), pastor evangélico que é suplente de deputado federal e trabalha como auxiliar do senador, pode ser o escolhido.
Como mostrou a Folha, o senador encabeça um grupo na Rede que defende que a eleição presidencial precisa ser definida ainda no primeiro turno, devido aos riscos que Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores representam ao país.
“Temos lideranças ambientalistas sendo mortas no campo devido ao sentimento de impunidade que os criminosos têm, temos tido o crescimento de grupos violentos. Nunca na história do país houve tantas armas nas mãos de amadores. Discurso de ódio. É um caldeirão. Isso deve ser objeto de reflexão não só da Rede, mas de todos os democratas. É uma reflexão que todos têm que ter. Hoje a possibilidade maior de encerramento da eleição no primeiro turno está com Lula”, disse Randolfe ao Painel na semana passada.
Dado que Lula lidera as pesquisas de intenção de voto e mostra mais chances de derrotar o presidente, Randolfe tem sustentado que seu partido apoie o petista. Em campo oposto estão Marina Silva e seus aliados, que hoje tendem a apoiar Ciro Gomes (PDT).
O convite a Randolfe se insere em um movimento mais amplo que o ex-presidente tem feito no sentido da construção da governabilidade para um possível novo mandato petista a partir de 2023.
Recentemente, Lula esteve com o tucano Aloysio Nunes. Em breve, deve se reunir com Guilherme Boulos (PSOL) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Além desses encontros, tenta acertar detalhes para ter Geraldo Alckmin como seu vice.