A história do Campeonato Goiano de 2021 terá seu ponto final neste domingo (23), a partir das 16 horas, quando o Vila Nova recebe o Grêmio Anápolis no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga. Em jogo, a taça de campeão e o nome eternizado. Para o Tigre, vencer significa redenção para uma geração de colorados que não conhecem o sabor da conquista do Goianão. Para a Raposa, o título representa a consolidação de um modelo que pode dar frutos esportivos para além dos resultados financeiros.
Embora não tenha sido considerado o time mais brilhante ao longo das fases anteriores deste Goianão, o Vila Nova mostrou que sabe ser competitivo e decisivo. Cresceu na reta final da fase de classificação, atropelou o Anápolis e se impôs sobre a Aparecidense para voltar a decidir um Campeonato Goiano.
Na final, o Tigre voltou a conviver com um favoritismo natural, algo há muitos anos não visto dentro do OBA. Apesar disso, a semana que antecedeu o jogo decisivo foi marcada pelo discurso de respeito ao adversário, sobretudo após o jogo parelho no Jonas Duarte.
Para dar o grito de campeão, o Vila Nova tem, praticamente, força máxima. A única dúvida é sobre a escalação do meia Alan Mineiro, que tem sido preservado dos treinos e se recupera de um desconforto na panturrilha direita. Principal nome do Vila Nova nos últimos anos, o meia só deve ser confirmado minutos antes da partida deste domingo.
O Grêmio Anápolis chega numa condição interessante para decidir o título com o Vila Nova. No início da competição, não esteve cotado como finalista. A agremiação não carrega a pressão de torcida, imprensa ou dirigentes para ser campeão da elite pela primeira vez em 22 anos de existência. De novidade na semifinal, virou realidade após eliminar o favorito ao título, o Atlético-GO, nos pênaltis e na casa do adversário.
Na primeira partida da final, diante da equipe vilanovense, o time anapolino teve momentos de nervosismo no primeiro tempo, mas se soltou após sair atrás no placar. Empatou e poderia ter virado, mas não o fez porque desperdiçou chances.
É um clube consciente de que já é uma façanha jogar a decisão do Campeonato Goiano, mas convicto de que pode fazer história como campeão. Se isso ocorrer, vai se juntar a Crac (1967 e 2004), Anápolis (1965), Goiatuba (1992) e Itumbiara (2008) entre os clubes do interior que já celebraram título. Até hoje, tem dois troféus de campeão: 3ª Divisão (2011) e Divisão de Acesso (2017).
Finalista diante de um Vila Nova mais experiente, o Grêmio tem elenco com média de idade de 22 anos. Isso é outro ponto fora da curva na decisão.
O que conspira contra é que, além de decidir com um adversário forte, experiente e sedento pelo título, o Grêmio joga fora de casa sem dois titulares: o zagueiro Danrlei e o atacante Ronald, suspensos. O técnico Cléber Gaúcho não revelou os substitutos, mas há possibilidade de escalar algum dos jogadores emprestados pelo Vila: os atacantes Jair e Matheus Porto e o zagueiro Luizão - o lateral Igor Milioransa, em processo de recuperação de contusão, não seria relacionado.
Desfalcado de Danrlei, o Grêmio Anápolis pode lançar Luizão como opção na zaga. Outra opção é Roger. O técnico pode até recuar um dos volantes, Gabriel Vidal ou Lúcio, para a defesa. Na frente, Thiago Rubim, Fabrício, Neto e Vinícius são candidatos à vaga. Cléber Gaúcho ousou no primeiro jogo ao escalar o atacante Vinícius no lugar de um volante.
Nos bastidores, a informação é de que a diretoria vilanovense concordou em reduzir o valor da multa caso o Grêmio queira escalar Luizão ou outro atleta. O diretor de futebol do Grêmio, Pedro Correia, disse que não pode dar declarações sobre as especulações e a final. Especula-se também que, pelo título, o clube e empresários de Anápolis ofereceram R$ 500 mil de premiação. Em tempos de decisão, o extracampo fervilha e o Grêmio terá de saber lidar com isso para, como se diz internamente no clube, “colocar a cereja no bolo”.
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