Uma operação da Polícia Civil (PC) desarticulou uma quadrilha responsável por operar ‘golpe do intermediário’ em Goiás, nesta quarta-feira (6/11). Suspeitos de integrar o grupo criminoso foram alvos de mandado de prisão e sete mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas no Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS) com apoio de corporações desses estados.
A investigação teve início após a aplicação de golpes em Águas Lindas de Goiás, em julho de 2023 e janeiro de 2024. Durante as apurações, a Polícia Civil identificou os suspeitos, separando-os em dois grupos: o núcleo criminoso de engenharia social, que entra em contato com as vítimas, e o núcleo financeiro, responsável pela movimentação dos valores obtidos de forma ilícita.
Evidências levantadas apontaram para um esquema de estelionato de grandes proporções, com movimentações que chegaram a quase R$ 3 milhões. Com a análise do material apreendido nas buscas, os Inquéritos Policiais serão encaminhados ao Poder Judiciário. Os suspeitos poderão ser indiciados por estelionato qualificado, cuja pena pode chegar a até oito anos de reclusão.
As desta quarta-feira ocorreram em Cuiabá (MT), Sinop (MT), Várzea Grande (MT), Primavera do Leste (MT) e Coxim (MS), com apoio das polícias civis desses estados.
O golpe do intermediário começa quando um criminoso falsifica anúncio de venda de um veículo para substituir o contato autêntico por seu próprio número de telefone. O comprador, ao visualizar a oferta, entra em contato com o golpista, que se apresenta como intermediário e simula a negociação, inventando uma história sobre o pagamento de uma dívida com um “primo” para convencer a vítima.
O golpista então orienta as partes a não discutirem valores diretamente, fazendo com que o comprador efetue o pagamento na conta indicada por ele. No momento da transferência do veículo, geralmente em cartório, tanto o comprador quanto o vendedor descobrem que foram vítimas do golpe.
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