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Operação desarticula quadrilha que operava ‘golpe do intermediário’ em Goiás

Ordens judiciais são cumpridas no MT e MS após registros de golpes em Águas Lindas de Goiás

06/11/2024 11h57
Por: Cristiano Souza
Operação desarticula quadrilha que operava ‘golpe do intermediário’ em Goiás

Uma operação da Polícia Civil (PC) desarticulou uma quadrilha responsável por operar ‘golpe do intermediário’ em Goiás, nesta quarta-feira (6/11). Suspeitos de integrar o grupo criminoso foram alvos de mandado de prisão e sete mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas no Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS) com apoio de corporações desses estados.

A investigação teve início após a aplicação de golpes em Águas Lindas de Goiás, em julho de 2023 e janeiro de 2024. Durante as apurações, a Polícia Civil identificou os suspeitos, separando-os em dois grupos: o núcleo criminoso de engenharia social, que entra em contato com as vítimas, e o núcleo financeiro, responsável pela movimentação dos valores obtidos de forma ilícita.

Evidências levantadas apontaram para um esquema de estelionato de grandes proporções, com movimentações que chegaram a quase R$ 3 milhões. Com a análise do material apreendido nas buscas, os Inquéritos Policiais serão encaminhados ao Poder Judiciário. Os suspeitos poderão ser indiciados por estelionato qualificado, cuja pena pode chegar a até oito anos de reclusão.

As desta quarta-feira ocorreram em Cuiabá (MT), Sinop (MT), Várzea Grande (MT), Primavera do Leste (MT) e Coxim (MS), com apoio das polícias civis desses estados.

Como funciona o golpe do intermediário

O golpe do intermediário começa quando um criminoso falsifica anúncio de venda de um veículo para substituir o contato autêntico por seu próprio número de telefone. O comprador, ao visualizar a oferta, entra em contato com o golpista, que se apresenta como intermediário e simula a negociação, inventando uma história sobre o pagamento de uma dívida com um “primo” para convencer a vítima.

O golpista então orienta as partes a não discutirem valores diretamente, fazendo com que o comprador efetue o pagamento na conta indicada por ele. No momento da transferência do veículo, geralmente em cartório, tanto o comprador quanto o vendedor descobrem que foram vítimas do golpe.

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