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Polícia 'Aberração'

Goiano que mora nos EUA é suspeito de mandar mensagens homofóbicas a moradores de Quirinópolis

Pelo menos cinco pessoas já registraram o caso na polícia

11/06/2021 06h17
Por: Santa Helena Agora Fonte: G1 Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Reprodução/TV Anhanguera

Um goiano que mora nos Estados Unidos é suspeito de mandar mensagens homofóbicas para o superintendente de Esportes de Quirinópolis, no sudoeste de Goiás. Segundo a polícia, outros moradores da cidade também foram vítimas de ataques preconceituosos. Os áudios foram enviados em grupos de aplicativo de mensagens e também de maneira privada.

O superintendente Nubyano do Nascimento Pereira começou a receber as mensagens no início do ano, quando assumiu o cargo. Ele conta que as ofensas foram feitas pelo fato de ser homossexual.

“O dia que uma aberração igual você, abominada por Deus, parir pelo [palavrão], eu concordo com você. Mas, por enquanto, você só é uma aberração”, diz o homem em um dos áudios enviados.

Em outro áudio, o homem, identificado como Thiago Cabral, segue com ofensas quando o superintendente diz que vai tomar medidas legais contra as agressões verbais.

“Quem vai me processar? Você [risada]? Macaco [risada]! Chimpanzé!”

O G1 entrou em contato por mensagem com o suspeito às 13h25 desta quinta-feira e aguarda um retorno.

“Até então eu não estava me importando, eu estava relevando. A partir do momento que chega na minha família, aí as coisas já mudam”, disse Nubyano.

Ele procurou a polícia para denunciar o caso. Segundo a delegada Camila Simões, desde o fim de 2020, cinco pessoas já registraram queixas contra o homem, que era morador de Quirinópolis, mas atualmente vive nos EUA.

Como o suspeito não está no Brasil, a Polícia Civil entrou em contato com a Polícia Federal para que ele possa ser localizado nos EUA e responde pelos crimes.

“Para intimá-lo, é preciso expedir uma carta rogatória, que vai por meio do Ministério da Justiça para os EUA. Nos EUA é que ele é intimado”, explicou a delegada.

O G1 entrou em contato com a assessoria da Polícia Federal às 13h20 de ontem (10) e aguarda retorno.

A responsável pelas investigações disse ainda que, no caso das mensagens enviadas em grupos de aplicativo de mensagens, os administradores também podem ser responsabilizados.

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