A quantidade de doses de vacinas contra a Covid-19 e outras doenças que podem ser descartadas após um freezer apresentar defeito, em Paranaiguara, subiu de 440 para 2.127 mil nesta sexta-feira (21), segundo a Secretaria de Saúde da cidade. O equipamento que deveria manter o estoque refrigerado chegou a marcar 30ºC, no domingo (16).
O vice-prefeito e secretário de Saúde de Paranaiguara, Acácio Rodrigues, informou à TV Anhanguera na quinta-feira (20) que numa segunda recontagem, na quinta-feira (20), o número já subiu para 875 doses contra a Covid-19 e 630 contra a gripe. Na terceira realizada nesta sexta-feira, a prefeitura recontou 875 doses contra o coronavírus e 1.252 contra outras 18 doenças.
O técnico responsável pela manutenção no equipamento vai fazer uma vistoria técnica na tarde desta sexta-feira para tentar identificar o problema.
O número atualizado também consta em documento enviado ao Ministério Público, que apura o caso. A promotora Daniela Salge informou, na quinta-feira, que deve ouvir funcionários e acompanhar as avaliações técnicas para entender o que aconteceu.
O secretário de saúde da cidade disse que o equipamento passou por manutenção recente e que ainda não foi possível dizer o que de fato aconteceu. As vacinas ficaram cerca de 20 horas fora da temperatura recomendada pelas fabricantes, entre elas, a AstraZeneca.
A prefeitura disse ainda na quinta-feira que os funcionários mudaram os frascos de lugar assim que notaram o problema. Por causa do superaquecimento, uma avaliação tem que indicar se as doses ainda podem ser aplicadas na população ou se devem ser descartadas.
Avaliação
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), quem faz essa avaliação é o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
O Ministério da Saúde (MS) informou, em nota, que soube da situação na quarta-feira (19), e que "avalia os formulários e irá encaminhá-los ao Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS)".
Também de acordo com o MS, “se a análise apresentar laudo insatisfatório, é recomendado o descarte dos imunizantes”. O órgão explicou que uma “perda operacional” de 5% de todas as doses enviadas “é previamente calculada”, por isso não deve repor essas vacinas caso elas não possam ser aplicadas.
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