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Saúde “Grande alerta”

Mapa da Covid-19 revela uma boa notícia e um alerta para Goiás

Índice de risco da Covid-19 em Goiás tem pela primeira vez uma região na faixa amarela, a mais branda, mas taxa de contágio apresenta tendência de estabilização

24/04/2021 09h16 Atualizada há 4 anos
Por: Santa Helena Agora Fonte: O Popular
Sérgio Lima/Poder360
Sérgio Lima/Poder360

O novo mapa de calor da Covid-19 em Goiás divulgado nesta sexta-feira (23) trouxe uma boa notícia, mas também um sinal de alerta. Pela primeira vez desde que a fórmula atual do índice de risco da epidemia foi implementada, em 27 de fevereiro, uma das 18 regiões do Estado aparece na cor amarela, de alerta, a mais branda do indicador criado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) há dois meses para monitorar o avanço do coronavírus entre os municípios goianos.

Por outro lado, a taxa de contágio (Re) – um dos seis indicadores que integram a fórmula que dá as cores no mapa – apresenta uma estabilização, com algumas regiões experimentado piora. Após uma queda que vinha de forma gradativa na média estadual desde o começo de março, a partir de 9 de abril voltou a crescer. Em relação à semana passada, o novo mapa mostra o contágio avançando em 9 regiões, estável em 5 e melhorando em apenas 4.

Uma das regiões que melhorou o Re entrou na faixa laranja, a Centro Sul, onde fica Aparecida e mais 24 cidades, totalizando 961.518 habitantes. Por outro lado, a Pirineus, onde fica Anápolis e Pirenópolis, piorou na taxa de contágio, voltou a ficar acima de 1 este indicador – o que indica um descontrole da epidemia – e a região saiu do laranja para o vermelho.

Das 18 regiões, 15 seguem no vermelho. Além da Norte, que abrange Porangatu e mais 12 cidades, em um total de 136,2 mil pessoas, que entrou na faixa amarela, e a Centro Sul, na laranja, a Rio Vermelho segue pela segunda semana consecutiva na laranja. Esta região, que envolve Goiás, Aruanã e mais 14 municípios, somando 193,5 mil pessoas, teve uma melhora no Re, mas piorou nos indicadores relativos à demanda por internações na rede estadual.

A região Central, onde fica Goiânia e mais 25 cidades, com 1,9 milhão de pessoas, se manteve estável tanto no índice de risco, como na taxa de contágio e na demanda por leitos de UTI na rede estadual. Melhorou no indicador de mortalidade e na demanda em leitos particulares, que também seguem em queda praticamente no Estado inteiro.

A região Entorno Sul, que soma 927,9 mil moradores de 7 cidades no Entorno do Distrito Federal, pela primeira vez desde o dia 26 de março viu o índice de risco “melhorar”, apesar de seguir no vermelho. Neste período, apresentou a pior nota possível na composição da cor vermelha, um 10, e agora aparece com 9,33, atrás da Sudoeste II, que com um 9,67, é a pior de Goiás.

“Grande alerta”

O titular da SES-GO, Ismael Alexandrino, diz que vê com alento a situação na região Norte, mas que mesmo com vários indicadores melhorando, não significa que há uma “situação de conforto” em Goiás. “A taxa de ocupação (na rede estadual) se mantém acima de 90% e o Re teve uma estabilização”, destaca o secretário.

Alexandrino reconhece que a taxa de contágio não melhora porque as pessoas estão circulando mais em abril e que, “sem dúvida, é motivo de grande alerta”. Mas ele diz acreditar que com os decretos municipais em vigor e o contexto geral da epidemia em Goiás é possível que os indicadores que estão melhorando e o comportamento da população compensem a evolução no Re.

Ao contrário de março, quando houve uma pressão do Estado para que as prefeituras mantivessem medidas restritivas, em abril a tendência foi de flexibilização na grande maioria das cidades. Na primeira quinzena, prevaleceu a fase de abertura das atividades não essenciais do decreto estadual de revezamento de 14 dias.

Agora, na segunda metade do mês, nenhuma das grandes cidades adotou medidas de fechamento e seguem com maior ou menor flexibilização a decisão do Estado de apenas restringir os horários de abertura, sem proibir nenhuma atividade não essencial, com exceção das que já estavam vetadas desde 2020, como cinemas, shows e grandes eventos.

A epidemia é considerada sob controle quando o Re está abaixo de 1, o que atualmente é uma realidade em apenas 3 regiões (Centro Sul, Norte e Oeste II). Na Sudoeste I, a taxa é exatamente de 1 e na Central e Pirineus está bem próxima deste valor, com respectivamente 1,02 e 1,03.

Pela segunda semana seguida, a pior região em relação ao Re é a Nordeste II, agora com 1,8. É lá que fica Posse e mais 10 cidades, com 105,9 mil habitantes. A Nordeste II passou março inteiro, o pior mês da epidemia em Goiás, na faixa laranja, mas desde então tem lidado com o avanço da Covid-19.

O titular da SES-GO argumenta que a região de Goiânia tende a demorar mais para ver a cor no mapa de calor melhorar por causa da alta densidade demográfica da região e pelo fato de a capital concentrar maior número de leitos de UTI da rede estadual, onde a ocupação segue alta e que é um dos indicadores com maior peso na fórmula do mapa. A capital, entretanto, tem apresentado queda na positividade dos testes feitos pela Prefeitura e a taxa de ocupação de UTI na rede municipal está abaixo de 75% há 3 dias.

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