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Goiás já fiscalizou 46% dos alertas de desmatamento em 2023 e meta é chegar a 80%

Governo do presidente Lula (PT) busca ainda chegar aos 30% de cobertura dos alertas de desmatamento para a Amazônia até 2024

23/07/2023 13h17
Por: Cristiano Souza
Goiás já fiscalizou 46% dos alertas de desmatamento em 2023 e meta é chegar a 80%

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) já fiscalizou 46% de todos os alertas de desmatamento recebidos em Goiás desde janeiro de 2023. A meta do governo goiano é chegar a 80% até o fim do ano.

Cabe dizer, para fins de comparação, que o governo do presidente Lula (PT) busca ainda chegar aos 30% de cobertura dos alertas de desmatamento para a Amazônia até 2024.

O Deter, sistema desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) para ajudar no combate ao desmatamento, emitiu alerta para 10 mil hectares em território goiano desde janeiro. Já foram fiscalizados 4,6 mil hectares, sendo que para 3,5 mil o laudo está pronto e, em 1,2 mil, existe laudo e autuação.

Ainda segundo o Deter, existe uma queda sensível nos alertas para Goiás nos últimos seis anos. Foram mais de 58 mil alertas em 2018, e esse número foi caindo em 2019 (52 mil), em 2020 (33 mil), em 2021 (32 mil), e em 2022 (25 mil).

Em paralelo, a quantidade de autos de infração emitidos pela Semad por desmatamento aumentou de forma exponencial. Partiu de 6,2 mil hectares fiscalizados em 2018 para alcançar 16 mil ha em 2019, primeiro ano do atual governo, 18 mil ha em 2020, 32 mil ha em 2021 e 64 mil ha em 2022. Até maio deste ano, as autuações já passavam de 18 mil ha.

De acordo com a secretária de Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, as estratégias da Semad para conservar o meio ambiente e reduzir o desmatamento ilegal dividem-se em quatro grupos: 1) licenciamento ambiental e fiscalização do desmatamento ilegal; 2) valorização da vegetação natural, por meio de políticas públicas que estão sendo desenvolvidas como pagamento por serviços ambientais, fortalecimento de cadeias de produtos oriundos de áreas conservadas e a implantação de um mercado de carbono; 3) Recuperação de áreas degradadas e programas de compensação e reposição florestal e compensação por danos; e 4) ordenamento territorial, que inclui o mapeamento de remanescentes florestais e espécies de flora e fauna, a definição de áreas prioritárias para conservação e adoção de medidas objetivas para essas áreas, a implementação ou criação de unidades de conservação, a proteção de áreas de recarga hídrica e a regularização fundiária.

Comparação com outros estados

De acordo com a plataforma Mapbiomas, Goiás responde por apenas 5,4% da área coberta por alertas de desmatamento no período que vai de janeiro a maio de 2023.

Considerando somente os alertas registrados no Cerrado, Goiás ocupa a sexta posição no ranking, atrás de estados cuja participação percentual no desmatamento do bioma é muito maior, como Bahia (30,4%), Maranhão (20%) e Tocantins (16,6%).

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