No domingo (15), o presidente do Afeganistão Ashraf Ghani deixou o país depois do grupo extremista Talibã cercar a capital do Cabul. Segundo o grupo, o controle do palácio presidencial foi tomado após a fuga.
O grupo foi expulso da capital por soldados dos Estados Unidos há 20 anos, após os ataques de 11 de setembro de 2001. Os militares dos EUA também se retiraram do Afeganistão.
Na segunda (16), o presidente dos EUA Joe Biden admitiu que os EUA cometeram erros. Contudo, ele afirmou que não se arrepende da retirada das tropas.
“Nossa missão no Afeganistão teve muitos erros nas últimas décadas. Eu sou o presidente dos EUA e essa guerra acaba comigo. Não me arrependo da minha decisão de acabar com essa guerra e manter foco na nossa missão de contraterrorismo.”
PCO sobre o Talibã
De extrema-esquerda, o Partido da Causa Operária (PCO) comemorou a tomada do Talibã e a retirada das “ocupações imperialistas”.
“Ao bater em retirada, o imperialismo estadunidense revela a crise em que se encontra. Sem sombra de dúvida, o avanço do Talibã representa uma enorme vitória sobre os piores inimigos dos oprimidos de todo o planeta. Pelo fim das ocupações imperialistas!”, escreveu a conta oficial do partido no Twitter.
A afirmação gerou comoção nas redes sociais. “Mulheres afegãs à beira de perderem todos os direitos humanos possíveis e esquerdinha me falando de vitória contra o imperialismo”, se referiu uma internauta ao partido.
“Aproveite o domingo. Amanhã é dia de acordar cedo e trabalhar pra pagar os R$4 milhões que o PCO vai levar do Fundão pra fazer campanha a favor do Talibã”, tuitou mais um. E outro: “O PCO é o outro lado da moeda do bolsonarismo. Ambos lunáticos.”
Comparação
Também na segunda, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comparou o Talibã a Adolf Hitler, Fidel Castro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Pelas redes sociais, o filho do presidente Bolsonaro (sem partido) disse que o grupo desarma a população e citou o petista, além de alguns ditadores.
“O Talibã se mostra preocupado com a paz e segurança povo, igual a outros pacifistas que desarmaram seu povo, como Lula, Fidel Castro, Chávez, Maduro, Hitler, Stalin, Pol Pot e outros.”