Um levantamento inédito da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), ao qual O POPULAR teve acesso, mostra pela primeira vez o comportamento da Covid-19 entre as pessoas que já tomaram duas doses da vacina contra a doença. Até a quinta-feira (17), a efetividade da imunização chegou a 98% para casos leves e ficou acima de 99% para formas graves e mortes.
A SES-GO cruzou os dados de 658 mil pessoas que já haviam recebido duas doses de vacina até a data do levantamento com as notificações de Covid-19 no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e no e-SUS, sistemas do governo federal que concentram as informações sobre a epidemia no Brasil.
No universo de 658 mil pessoas com as duas doses, 12,3 mil contraíram a doença (1,88% dos vacinados), 1,9 mil desenvolveram uma forma grave dela (0,3%) e 468 morreram (0,07%). A SES-GO considera que os números revelam uma alta eficácia da vacinação, até agora, quando o calendário vacinal está completo.
O levantamento não fez recorte por idade, sexo ou se a pessoa vacinada possuía alguma doença preexistente. Por isso, os resultados refletem o que está ocorrendo na população geral que recebeu as duas doses ou com a Oxford/AstraZeneca, ou com a Coronavac – ainda não foi iniciada a aplicação da segunda dose da Pfizer, cujo intervalo é entre as doses é de três meses.
De acordo com o Painel Covid-19 da SES-GO, até o momento nenhum grupo completou o ciclo de duas doses da imunização em Goiás. Até agora, apenas 9,7% dos moradores de Goiás receberam as duas doses.
A faixa etária mais avançada é a acima de 80 anos, com 88,5% das pessoas com duas doses. Entre os 70 e 79, com 88,4% e, dos 60 a 69 anos, com 60,2%. Entre os profissionais de saúde, 43,7% dos que tomaram a primeira dose já receberam o reforço. No grupo de comorbidades, apenas 0,8% recebeu as duas doses.
A eficácia da vacina na vida real, fora dos laboratórios, observada pela SES-GO, soma-se a outros dados que demonstram a importância do avanço na vacinação. O POPULAR mostrou, na edição do dia 4 de junho, que as vacinas podem ter poupado a vida de 4 a 6 mil pessoas. A reportagem revelou que, pela primeira vez, idosos com idade acima de 70 anos deixaram de ser o grupo com maior mortalidade pela doença – exatamente o grupo cuja imunização está mais avançada.
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