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Saúde ‘Maior realização’

Mãe comemora o nascimento de bebê com anticorpos contra a Covid-19, em Goiânia

Caroline Vellasco disse que não esperava que efeitos da vacina fossem tão rápidos

10/06/2021 14h22 Atualizada há 3 anos
Por: Santa Helena Agora Fonte: G1 Goiás
Caroline Vellasco/Arquivo Pessoal
Caroline Vellasco/Arquivo Pessoal

Uma bebê nasceu com anticorpos contra a Covid-19 após a mãe, a médica Caroline Vellasco, ser vacinada contra a doença, em Goiânia. Ela conta que não esperava que o resultado da primeira dose acontecesse tão rápido. No entanto, o fato de a criança, que está com 16 dias de vida, ter anticorpos não significa que ela esteja imune à doença.

“Foi uma surpresa, eu não estava esperando. Foi a maior realização”, disse.

Caroline conta que teve 19 parentes contaminados pela Covid-19. A mãe chegou a ficar 10 dias na UTI, mas se recuperou. Apenas ela e o marido, Kaio César Dal'Col Oliveira, que também é médico, não foram contaminados.

A médica se vacinou em maio, 18 dias antes do nascimento da filha. Ela estava grávida de 34 semanas e tomou a dose da Pfizer. Quando a pequena Esther nasceu, a mãe aproveitou que seriam realizados exames de sangue de rotina e pediu para que fosse feito um para detectar anticorpos contra a Covid-19.

Ela conta que, inicialmente, achava que a filha não teria a defesa contra o vírus em um período tão curto, pois acreditava que somente com a segunda dose da vacina teria uma quantidade maior das células de defesa.

“É uma prova de que não podemos subestimar a ciência, que a eficácia das vacinas é real. Não tive qualquer efeito colateral”, disse.

Esther nasceu prematura devido ao fato de a mãe ter diabetes e pressão alta. Porém, a bebê nasceu saudável e já está em casa. Agora, Caroline pretende repetir o teste de anticorpos no futuro.

“Eu vou tomar a segunda dose em julho. Como estou amamentando ela, os anticorpos ainda seguem passando pelo leite. Com o exame no futuro, quero ver como será o nível da imunidade dela”, completou.

O infectologista pediátrico e coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcelo Otsuka explica que a transferência dos anticorpos é algo “totalmente normal e esperada”. Porém, eles não serão mantidos de maneira definitiva.

“No final da gestação, os anticorpos da mãe são transferidos para o bebê, mas eles vão desaparecendo com o tempo, porque são anticorpos da mãe. Para o bebê produzir os próprios, apenas quando tiver contato com vírus ou, no futuro, for vacinado, quando tiver idade”, explicou.

Com isso, é necessário que sejam mantidos todos os cuidados e precauções para evitar o contágio. O médico explicou que, embora esses anticorpos garantam uma certa proteção, não significa que a recém-nascida não possa pegar a doença.

“Não sabemos quanto de anticorpos se passa nem quanto tempo ele fica no corpo, mas eles serão perdidos ao longo do tempo”, disse o médico.

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