O governo estadual fecha o balanço de maio com 56.722 moradores contaminados e 1.977 mortes por coronavírus, nesta segunda-feira (31). Nas últimas 24 horas do mês, a Secretaria Estadual de Saúde contabilizou mais 2.213 casos e 83 óbitos. São 609.733 casos confirmados da doença e 17.088 óbitos desde o começo da pandemia.
Os números são menores do que os registrados em abril, quando 64.970 foram infectados e houve 3.288 mortes. Porém, especialistas alertam para o aumento de casos nos últimos dias, indicando a 3ª onda da doença no estado para as próximas semanas.
Março deste ano ainda figura como o pior mês da pandemia, com 98 mortes e mais de 2,8 mil casos de Covid-19 por dia em Goiás. Ao todo, o mês registrou 88.503 moradores contaminados e 3.041 óbitos
Os dados revelam que os homens representam 57% dos mortos, enquanto as mulheres são 42% dos registros. A secretaria apura também 318 mortes suspeitas de Covid-19. A taxa de letalidade da doença em Goiás é de 2,8% sobre os contaminados.
Aumento de casos
Especialistas alertam para a chegada da 3ª onda de Covid-19 em Goiás. A infectologista Christiane Kobal disse que vários fatores contribuíram para o aumento de casos e mortes nas duas últimas semanas de maio, entre eles, a liberação de eventos. Ela teme que os casos e mortes voltem a subir nas próximas semanas, como o auge da 2ª onda de março.
"Não temos dúvida que estamos, se dividirmos a Covid-19 em ondas, estamos na 3ª onda. Está dentro do esperado, uma vez que tivemos vários fatores que contribuíram para esse aumento, como a liberação de eventos. Porém, é impossível ter uma vida normal diante de um vírus respiratório sem vacina", afirma Kobal.
Para o epidemiologista Pedro Hallal, a 1ª onda não havia terminado quando chegou a 2ª, e a terceira já chegou para "engolir" a segunda, que, para ele, nem não acabou ainda.
"Enquanto a gente não aprender que, para reabrir a atividade econômica, precisamos colocar os números lá no chão, vamos seguir com esse abre e fecha que destrói a saúde pública e a economia do país", analisa Hallal.
Ocupação dos hospitais
A rede hospitalar estadual está com 89% dos 578 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados. O índice na enfermaria é de 62%.
Os números referentes às primeiras semanas de maio eram de 70% nas UTIs e média de 60% nas enfermeiras da rede estadual. Os especialistas alertam sobre a crescente ocupação da rede hospitalar.
Em Goiânia, das 295 vagas de leitos intensivos, 77% estão em uso. O índice na enfermaria, que tem 207 leitos, é de 71%.
O Complexo Regular Estadual, que administra pedidos de internação, está com 42 pacientes na fila de espera por uma UTI e 52 aguardam um leito de enfermaria.
Vacinação contra a Covid-19
Levantamento realizado pela SES revela que 1.419.261 moradores foram vacinados com a 1ª dose das vacinas contra a Covid-19, enquanto 645.906 pessoas receberam a 2ª dose.
O estado já recebeu 2.861.170 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 1.358.880 da CoronaVac, 1.413.700 da AstraZeneca e 95.940 da Pfizer.
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