Se pudessem escolher, 29% da população brasileira tomaria a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. Outros 24% dizem querer a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo. A Pfizer, importada, foi citada por 14%.
Apesar desses percentuais, 29% afirmam não ter preferência de fórmulas, tomando “qualquer uma” das opções disponíveis. Outros 4% não sabem ou não querem se vacinar. Os dados foram aferidos em pesquisa PoderData realizada de 24 a 26 de maio de 2021 com 2.500 entrevistas em 462 municípios brasileiros.
No Brasil, só há 3 vacinas disponíveis no momento: CoronaVac, produzida pelo Butantan; AstraZeneca/Oxford, produzida pela Fiocruz; e Pfizer/BioNTech, importada.
A mais aplicada até agora é a CoronaVac –principal aposta do governador de São Paulo, João Doria, crítico ao governo federal. As doses produzidas pelo laboratório paulista representam 63,4% das injeções administradas no país. Já a fórmula da AstraZeneca corresponde a 34,2% dos imunizantes. Esse último teve como grandes entusiastas autoridades do governo federal, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Esta pesquisa foi realizada no período de 24 a 26 de maio de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Foram 2.500 entrevistas em 462 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
Destaques demográficos
O Poder360 destaca os seguintes pontos nas estratificações da pergunta:
A vacina da Pfizer, importada, é mais desejada pelos mais ricos e escolarizados.
Escolha de vacinas x avaliação de Bolsonaro
Dos apoiadores do presidente, 35% querem tomar o imunizante da AstraZeneca –principal aposta do governo federal. Entre os que o rejeitam, essa taxa é de 22%, enquanto 39% escolheriam “qualquer uma”.
Em ambos os estratos, a CoronaVac ocupou a 2ª posição. Em 2020, Bolsonaro chegou a afirmar que “não compraria” essa fórmula, chamando-a de “vacina chinesa de João Doria”. Depois de aprovada pela Anvisa, o Ministério da Saúde decidiu adquirir as doses. Em 2021, autoridades da administração federal baixaram o tom, evitando críticas diretas ao imunizante produzido pelo Butantan.
A opinião do presidente parece não ter influenciado a percepção de parte da sua base de apoio. Segundo o PoderData, 29% dos que o consideram “ótimo” ou “bom” prefeririam se imunizar com a CoronaVac.
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