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Polícia Em Anápolis

Mãe pode ser indiciada pela morte de bebê após ingestão de soda devido ao 'comportamento relapso' com a filha, diz polícia

Segundo delegado, testemunhas relataram que mal viam a criança, de 10 meses de vida, sendo alimentada

25/05/2021 14h37 Atualizada há 3 anos
Por: Santa Helena Agora Fonte: G1 Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
Reprodução/TV Anhanguera

A mãe da bebê que morreu após ingerir soda cáustica pode ser indiciada por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, se for comprovado que ela tinha um comportamento relapso com a filha, segundo o delegado Ariel Martins. A adolescente, de 17 anos, morava sozinha com a menina, de 10 meses, em uma quitinete alugada, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

“Ela tinha um comportamento relapso com a criança, até mesmo por dificuldades financeiras e também por ser muito jovem. Algumas pessoas ouvidas relataram que mal viam a criança sendo alimentada, que o bebê engatinhava para fora da casa e que já a viram colocando bituca de cigarro que ficava jogada no chão do lote na boca”, disse.

A adolescente responde ao processo em liberdade e não teve o nome divulgado. Por isso, o G1 não conseguiu localizá-la para que se posicione sobre o caso.

Segundo a Polícia Civil, a adolescente estava morando no local há menos de um mês. No último dia 19, ela foi convidada pelo dono da quitinete onde morava a almoçar na casa dele, que fica no mesmo lote.

A garota contou à polícia que, na ocasião, se distraiu cozinhando e não percebeu que a filha tinha pegado um recipiente com soda cáustica. A criança acabou derrubando o líquido sobre o corpo e ingerindo um pouco.

A bebê chegou a ser socorrida após o acidente e levada a uma Unidade de Pronto Atendimento em Anápolis. Porém, devido à gravidade, ela foi transferida para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde morreu no último dia 23.

O dono da quitinete disse à polícia que não viu o acidente e não se lembrava que o produto corrosivo estava guardado na casa. Segundo o delegado, a princípio, ele não é investigado e foi ouvido apenas como testemunha.

O pai da bebê também prestou depoimento. De acordo com o delegado, ele não morava com a mãe da menina e, por enquanto, só foi ouvido como testemunha.

Ariel Martins disse ainda que também vai apurar como era a relação da adolescente com a mãe. Ele busca entender o que a motivou a morar sozinha, mesmo sendo menor de idade.

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