O Conselho Tutelar de Goiânia proibiu a mãe de se aproximar da filha de 2 anos encontrada sem duas unhas e com lesões no intestino. A criança passou por cirurgia para retirar 40% do intestino que estava necrosado. A medida protetiva tomada a favor da menina impede também que o padrasto mantenha qualquer tipo de contato.
Os nomes dos responsáveis pela criança não foram divulgados pelo Conselho tutelar e eles não foram presos. Portanto, o G1 não conseguiu localizar a defesa deles. O pai da menina, segundo o conselheiro Carlin Júnior, morreu quando cumpria pena em um presídio de Goiás.
"A mãe e o padrasto não podem ter nenhum contato com a criança até a acabar a investigação da polícia. Por enquanto, ela está com a avó materna. Vamos enviar relatório para a Justiça decidir o futuro dela, se fica com a avó ou se vai para casa de acolhimento", explicou Júnior.
O conselheiro tutelar disse que conversou com a avó nesta quinta-feira (20), que relatou que a criança está bem, brincando e feliz. Depois da medida protetiva adotada em 10 de maio, a mãe não procurou mais saber sobre a filha, segundo Júnior.
Ao que tudo indica, inicialmente, a mãe e o padrasto não aparentam ter vícios com drogas ilícitas ou álcool. Segundo o Conselho Tutelar, os dois afirmaram que os ferimentos foram causados por um tombo de bicicleta.
Em nota, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), informou que o caso está sendo investigado e que diligências estão em andamento.
Internação
A criança ficou internada em um hospital de Goiânia entre os dias 10 e 16 de maio. Ela foi levada pelo padrasto e pela mãe. Segundo o conselheiro, ao chegar na unidade de saúde, os médicos constataram que a menina apresentava lesões que haviam sido provocadas há mais de uma semana, ou seja, não tinham sido provocadas pela queda de bicicleta.
“Pelo o que eu vi com os meus próprios olhos, os ferimentos que ela tinha no corpo foram causados por alguém. Ela estava sofrendo maus-tratos, isso eu tenho certeza", arremata o conselheiro.
Segundo Carlin Júnior, os médicos afirmaram que a menina poderia morrer devido aos ferimentos, caso não fosse atendida a tempo.
“Além do intestino estar necrosado, ela tinha coágulos pelo corpo, segundo o relatório médico. Então, se demorasse mais um pouquinho, ela poderia não aguentar”, disse.
Mín. 16° Máx. 23°
Mín. 15° Máx. 27°
Parcialmente nubladoMín. 18° Máx. 31°
Parcialmente nublado