A mulher que lutou contra um assaltante e foi salva por um motorista de ônibus em Anápolis, a 55 km de Goiânia, diz estar traumatizada. Auxiliar de serviços gerais, ela tem 25 anos e conta que estava na porta da clínica em que ia começar a trabalhar quando o crime aconteceu.
“Era meu primeiro dia de trabalho. Eu cheguei mais cedo no serviço e estava esperando minha colega abrir, estou com medo, mas preciso do dinheiro”, lamenta a mulher, que prefere não ter o nome divulgado.
Câmeras de segurança registraram a tentativa de assalto às 5h57 da última quarta-feira (12), no Setor Central. A ação durou quase 2 minutos e é possível ver a luta corporal entre a auxiliar de serviços gerais e o criminoso, até que o ônibus para na rua e ela entra.
A mulher acredita que o motorista encostou porque uma passageira ouviu seus gritos de socorro e pediu ao condutor que parasse. Ao entrar no ônibus, ela narra que chorava muito e teve que ser acalmada.
“Se não fosse aquele ônibus, não sei o que aconteceria depois, eu não tinha mais forças para reagir”, relata.
Ela conta que percorreu todo o trajeto da linha e desceu novamente na clínica, trabalhou até o meio-dia e foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência. Durante a briga com o assaltante, ela acabou machucando a mão, mas não precisou ir a um hospital.
Com o marido desempregado, ela explica que é a única fonte de renda da família e precisa continuar trabalhando, apesar do receio de ser alvo novamente do assaltante.
“Meu esposo ficou mais assustado e não quer que eu vá trabalhar, mas temos dois filhos e preciso levar o pão para casa”, desabafa.
A Polícia Civil investiga a ocorrência. A delegada Cinthia Alves Costa, responsável pela apuração do caso, revelou que o assaltante ainda não foi identificado.
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