Policiais penais fizeraam uma manifestação nesta quinta-feira (13) na porta do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia cobrando aumento no efetivo e reajuste salarial para a categoria e também para os vigilantes penitenciários temporários. Eles dizem que tentam negociação com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, mas não conseguem um retorno.
O presidente da Associação dos Policiais Penais do Estado de Goiás (Aspego), Adalto Nunes, informou que cerca de 200 servidores participaram do ato. As atividades dentro do complexo seguem normais para garantir a segurança e atividades essenciais para os detentos.
A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária informou que está se esforçando para garantir melhorias para a categoria dentro dos limites legais. “Quanto à convocação de novos candidatos do cadastro reserva, o Governo de Goiás estuda a possibilidade de chamamento de forma gradual, conforme necessidade”, disse o órgão em nota.
“A falta de efetivo é o maior problema do sistema prisional. Às vezes são quatro, cinco servidores para cuidar de 300 presos. São 1.500 servidores efetivos, mas a gente cobra a nomeação de outros 424, que estão no cadastro de reserva. O déficit de servidores é de 2.500 em todo estado”, disse o presidente da associação.
Além disso, eles cobram a promoção da categoria, parada há seis anos. O salário atual dos policiais penais é de R$ 4,8 mil. Com as promoções, ele iria para cerca de R$ 6 mil. A categoria também pede o reajuste salarial para os cerca de 3 mil vigilantes penais temporários. Atualmente, eles ganham R$ 900.
Sobre essa reivindicação, a DGAP informou que a direção e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) se reuniram com representantes do movimento e estão analisando questões jurídicas relacionadas à Lei de Responsabilidade Fiscal.
A diretoria disse ainda que a Aspego reuniu pessoas que estão no cadastro de reservas do último concurso para se manifestar como se fosse, servidores efetivos. “A Diretoria repudia os atos irregulares praticados pelos manifestantes, se passando de servidores efetivos, dificultando a entrada de alimentos, roupas, produtos de higiene pessoal e medicamentos dos internos, além bloquearem a entrada de servidores do Complexo Prisional”, diz a nota.
O ato foi encerrado às 14h. O presidente da associação nega que existam negociações entre a categoria e os órgãos estaduais. Nunes reforçou ainda que a grande maioria dos manifestantes eram, sim, policiais penais.
Mín. 16° Máx. 23°
Mín. 15° Máx. 27°
Parcialmente nubladoMín. 18° Máx. 31°
Parcialmente nublado