Um homem de 37 anos foi preso suspeito de agredir e ameaçar de morte o enteado de 13 anos após ele pedir para assistir televisão, em Mineiros, no sudoeste de Goiás. Segundo a Polícia Civil, a mãe tentou defender o marido dizendo que o filho era "custoso". Aos policiais, o menino relatou a série de agressões.
“Ele veio para cima, começou a bater dando murros e socos nas minhas costas. Ele começou a me dar chutes, me derrubou, apertou meu pescoço com o pé, tirou o pé e me deu um tapa e um murro na minha cara”, contou o adolescente.
Por não terem os nomes divulgados, o G1 não conseguiu localizar a defesa do padrasto e da mãe do garoto.
A agressão foi descoberta após uma denúncia anônima recebida pelo Conselho Tutelar, na tarde de terça-feira (11). Uma equipe do órgão foi até a casa, se deparou com o menino ferido e o levou para a delegacia.
À Polícia Civil, o adolescente contou que estava comendo um pão e perguntou ao padrasto se, depois que terminasse de comer, poderia assistir TV. Foi quando o homem começou a discutir.
O adolescente relatou em depoimento as agressões. Ele reforçou que o padrasto pegou uma faca após bater nele.
“Ele disse: 'Dou um murro nas suas costelas e coloco o osso dentro dos pulmões para você não respirar''. afirma o menino.
Prisão e investigação
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Thiago Martinho, o menino tinha lesões no olho e nas costas. Após o relato do garoto, o padrasto foi preso.
“O padrasto disse que, se fosse preso, iria matá-lo. A mãe tentou acobertar a situação dizendo que o filho é 'custoso'. A criança foi entregue ao conselho pelo fato de a mãe não se mostrar protetora da criança, mas do marido”, explicou o delegado.
Em depoimento, o padrasto confessou as agressões e justificou que perdeu a paciência porque o adolescente estava muito “custoso”. Segundo a Polícia Civil, o homem chegou a machucar o próprio braço ao dar um murro na parede de casa durante a discussão.
Segundo o delegado, a investigação tenta descobrir se foi um caso isolado e, se for comprovado que houve agressões anteriores, a mãe pode responder pelo crime de omissão.
Ainda de acordo com a PC, até a tarde desta quarta-feira (12), o suspeito continua preso. Ele deve responder por crime de lesão corporal e ameaça.
À TV Anhanguera, o Conselho Tutelar de Mineiros informou que o menino já recebeu atendimento psicológico e deve passar por exames. O órgão afirmou que não havia denúncia anterior contra o padrasto e que tenta contato com familiares do menino para que cuidem dele.
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