Um jovem de 28 anos foi preso suspeito de aplicar golpes e, assim, manter uma vida de luxo em Campinorte, na região norte de Goiás. Segundo a Polícia Civil, Paulo Roberto Dias Mendes adquiria produtos por meio de simulações de transferências bancárias, que, na prática, não eram realizadas e, em seguida, vendia a mercadoria.
“Ele chegava no comércio, demonstrava interesse por alguma mercadoria, falava para o comerciante que faria uma transferência eletrônica, mostrava no celular que havia feito, mas não colocava a senha final para que o dinheiro fosse creditado na conta do empresário”, explica o delegado Fernando Martins.
Ao G1, a defesa de Paulo Roberto afirmou que tudo não passa de um mal-entendido entre comerciante e cliente. “A veracidade dos fatos será explanada perante a Justiça, e restará por evidente a sua inocência”, afirmou o advogado Antônio Ribeiro de Oliveira.
O jovem foi preso na manhã de quinta-feira (29), em cumprimento a um mandado de prisão preventiva. Segundo o delegado, ele é considerado pela polícia um dos maiores estelionatários do estado, já que contra ele existem denúncias de crimes cometidos em Campinorte, Uruaçu, Porangatu e Mara Rosa, além dos estados de Tocantins e Maranhão.
“Os comerciantes não desconfiavam, pois ele aparentava ter um poder aquisitivo capaz de adquirir o que comprava. Assim, o comerciante entregava o produto e, no dia seguinte, o dinheiro não caía na sua conta. A vítima tentava ligar para ele, que não atendia o telefonema, e a mercadoria comprada já era repassada a terceiros”, afirma o delegado.
Ainda segundo o delegado, quando a vítima percebia que havia caído em um golpe e ia cobrar o pagamento, o suspeito ainda agia com tom de deboche. Em conversas de WhatsApp obtidas pela polícia, uma das vítimas chega a pedir por misericórdia.
“Por favor, não me dá calote. Meu emprego depende de receber essa venda. Não posso perder esse serviço. Por favor, tenha misericórdia”, escreve a vítima.
Nesse caso, segundo o delegado, o suspeito comprou bolas de arames que custaram mais de R$ 4 mil. Em outra conversa também obtida pela corporação, uma outra vítima solicita o pagamento, pois, segundo ele, está no vermelho. E o suspeito responde: “se está no vermelho, azul, lilás, seja o que for, eu não tenho nada a ver”.
Diante dos fatos, segundo o delegado, o homem será indiciado pelo crime de estelionato. “As investigações continuam porque há indícios de que existem outras vítimas. Por isso, nós optamos por divulgar a imagem dele, para que, caso alguém tenha caído em um golpe praticado por ele, possa procurar a polícia”, disse o delegado.
Vida de luxo
Segundo o investigador, Paulo não tem um emprego fixo, mas nas redes sociais exibia um padrão confortável de vida, com viagens e participação em eventos. A polícia acredita que tudo era adquirido por meio dos golpes.
“O caso mais recente que chegou para gente foi de uma moto aquática que ele alugou pelo período de 30 dias, mas acabou vendendo para outra pessoa como se fosse dele”, conta o delegado.
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