Onze pessoas que estavam trabalhando em condições análogas a escravidão foram encontradas, nesta segunda-feira (26), em uma fazenda na zona rural de Abadiânia, no Centro de Goiás. A polícia chegou até o local após uma denúncia anônima.
O grupo estava trabalhando no corte de eucalipto e contou que para garantir as refeições, que eram cobradas, trabalhavam aos domingos e sem descanso durante a semana. As vítimas, a maioria oriunda do Maranhão, não tinha acesso aos equipamentos de proteção individual (Epis), a água potável e muitos trabalhavam manuseando motosserra e de chinelos.
Segundo a delegada Isabella Joy Lima, os alojamentos eram inóspitos e não havia lugar para tomar banho. Os policiais identificaram que não havia camas e o grupo dormia em colchões no chão, alguns feitos apenas de espuma.
Os funcionários contaram ainda que o empregador prometia assinar a carteira, mas isso nunca acontecia. “Os trabalhadores informaram que alguns já tinham dois meses que estavam trabalhando sem receber. Um deles que estava lá há dois meses recebeu apenas R$ 50 reais”, contou a investigadora.
O empregador foi preso pelo crime de redução à condição análoga à de escravo e caso condenado a pena varia de dois a oito anos. Ele foi encaminhado ao presídio.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa do empregador. O espaço segue aberto para manifestação.
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