Um homem de 32 anos foi preso suspeito de estuprar e torturar a enteada de 7 anos e o próprio filho, um bebê de 1 ano, em Iporá, na região central de Goiás. Segundo o delegado Igor Dalmy, ele apertava as partes íntimas das vítimas e chegou a obrigar a menina a dançar sensualmente para ele.
O nome do suspeito não foi divulgado pela autoridade policial. Portanto, o G1 não conseguiu localizar a defesa dele para que pudesse se posicionar sobre as acusações. Em depoimento, segundo o delegado, ele negou que tenha praticado os crimes e disse ainda que não faria nada porque a menina gostava muito dele e ele dela.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido na última quinta-feira (22). Segundo o delegado, a menina mora com o pai e avó paterna e costumava passar todos os fins de semana com a mãe, na casa onde ela mora com o padrasto. Segundo as investigações, os abusos aconteciam contra a menina desde que ela tinha 4 anos, sendo que o último ocorreu há 20 dias, em 3 de abril.
Conforme explicou ainda o delegado, a polícia chegou até o suspeito depois que, dois dias após o último estupro, a avó da criança percebeu que ela estava chorando quando ia urinar. Segundo o investigador, após perceber lesões na genitália da menina, a parente decidiu levá-la ao médico, quando foi constatado que ela havia sido vítima de estupro.
“Segundo as provas coletadas até o momento, o suspeito deu um sonífero para a criança, ela adormeceu, e ele começou a estuprá-la, o que provocou lesões corporais e fortes dores na criança", relatou o delegado.
O investigador relatou ainda que, quando a menina recuperou os sentidos, ela se deparou com o padrasto ao lado dela e se assustou.
"Ela viu o padrasto sentado na cama ao lado dela e começou a gritar. Ele agarrou a menina e disse que, se ela contasse aquilo para alguém, ele iria matar ela, a mãe dela e o irmão dela, que é filho dele mesmo”, completou o delegado.
Igor Dalmy afirmou que a criança contou, em depoimento, sobre os abusos. “Nas palavras da própria menina, o padrasto, por diversas vezes, colocava a mão na região vaginal dela e batia com muita força. Quando a criança foi ouvida, ela fez gesticulações para demostrar a forma como padrasto fazia com ela e relatou também que ele apertava com muita força e puxava o pênis do irmão, até ficar bem vermelho”, relatou.
Após ser preso, o homem foi encaminhado ao presídio da cidade, onde permanece até a tarde desta sexta-feira (23). Segundo o delegado, as investigações que apuram os crimes de estupro e tortura contra as vítimas devem ser concluídas em até dez dias. Ele ainda faz um alerta para que as famílias sempre fiquem atentas a qualquer sinal dado pelas crianças.
“Que todos os familiares tenham atenção com crianças. A maioria dos estupros acontece dentro de casa. Ao perceber um sinal de lesão corporal ou comportamento estranho da criança, leve ao psicólogo ou médico, pois pode ser indício de abusos sexuais”, disse o delegado.
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