A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem de 36 anos suspeito de agredir a esposa, de 28, com cabos de eletrodomésticos. O crime aconteceu na cidade de Trindade, na segunda-feira (11). O detido já havia sido preso em dezembro de 2021, também por bater na mulher, mas pagou fiança e foi solto.
De acordo com a delegada Cássia Borges, desta vez, o casal discutiu por um motivo banal, que ainda está sendo apurado. Ela detalha que, como a vítima chegou à delegacia muito abalada, não conseguiu explicar por completo os motivos que levaram o companheiro a agredi-la.
O que se sabe é que o homem usou fios de um ventilador e de um ferro de passar roupas para agredir a companheira. As agressões se concentraram nas costas da mulher, que ficou bastante ferida.
A mulher narrou à Polícia que conseguiu fugir do marido e foi direto para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Lá, enfermeiras prestaram atendimento médico, mas devido à gravidade da situação, acionaram os agentes da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
Depois de ouvir o relato da vítima, a polícia realizou buscas e prendeu o homem em flagrante. Durante o interrogatório, o sujeito ficou em silêncio.
Na residência do casal, os policiais encontraram sinais de briga e os eletrodomésticos usados para agredir a mulher espalhados pelo chão.
À delegada, a mulher contou que mantém um relacionamento com o homem há 4 anos. Juntos, o casal cuida de três crianças, de cinco meses, 3 e 4 anos de idade.
A vítima narra que, no início, o marido parecia ser protetor e alguém que se importava com ela e com os filhos. Porém, com o passar do tempo, passou a desenvolver comportamentos abusivos, em que tem explosões de raiva constantes e sem motivos.
Como consequência desse comportamento, a mulher afirma que sofre frequentemente com agressões e outros tipos de violência doméstica. Apesar da gravidade da situação, ela diz que depende do marido por razões diversas.
Após mais um episódio de violência, a mulher decidiu pedir medidas protetivas contra o homem. Agora, o suspeito está probido de se aproximar da vítima, caso seja solto.
Casos como os que foram narrados acima não são incomuns. Inclusive, casos de feminicídio em Goiás aumentaram 23% entre 2020 e 2021. A informação é do observatório da Secretaria de Segurança Pública do estado goiano (SSP). No ano passado, 54 mulheres foram assassinadas; enquanto em 2020 esse número foi de 44 vítimas.
Ainda em Goiás, o número de casos de ameaça também cresceu. Foram 962 casos a mais do que em 2020, um aumento de aproximadamente 6,5%.
Fora isso, as autoridades policiais de Goiás também registraram um crescimento de cerca de 17,2% em casos de crimes contra a honra. Ao todo, foram 1.575 ocorrências mais de mulheres caluniadas, difamadas e injuriadas.
Goiás ainda registrou 10.782 ocorrências de mulheres que sofreram com agressões e outras 278 vítimas de estupro.
Ajude a denunciar esses crimes. O Ligue 180 escuta e acolhe mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
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