A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou nesta quarta-feira (13) a decisão de manter a Covid-19 como uma emergência de saúde internacional, ou pandemia, porque "não é hora de baixar a guarda", mas sim de os países continuarem a preparar-se a este tipo de crise.
O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o Comitê de Emergência da OMS (órgão formado por cientistas independentes) recomendou não alterar o nível de alerta em relação à Covid tendo em vista que o vírus continua sendo transmitido em intenso e sua evolução é imprevisível.
Neste contexto, acrescentou que é necessário prosseguir os esforços para que as vacinas, tratamentos e outras ferramentas desenvolvidas para enfrentar a pandemia sejam distribuídas de forma equitativa entre e dentro dos países, e que se avance na vacinação dos maiores de 60. anos.
O número de novos casos confirmados e mortes causadas pela Covid-19 continuou a diminuir no mundo na última semana, acrescentou a OMS.
Esta é a terceira semana consecutiva em que ambos os indicadores decrescem a uma taxa, nos últimos sete dias, de 24% e 18%, respectivamente.
O total global da semana passada foi de 7 milhões de novos casos de Covid-19 e mais 22 mil mortes, com declínios observados em todas as regiões.
Com isso, o total de pessoas infectadas desde o início da pandemia e que passaram por teste diagnóstico sobe para 496 milhões, enquanto as mortes chegam a 6 milhões globalmente.
A OMS insistiu que essas tendências positivas devem ser interpretadas com cautela, na medida em que muitos países estão mudando sua estratégia de testagem e os testes diminuíram consideravelmente, levando a menos casos detectados do que os reais.
Na semana passada, os Estados Unidos registraram o maior número de mortes (3.682), seguidos pela Coreia (2.186), Rússia (2.008), Alemanha (1.686) e Brasil (1.120).
A Europa e a região do Pacífico Ocidental, que inclui a China, tiveram os maiores declínios nos casos, ambos de 26%.
A África foi o continente com o declínio mais acentuado em novas mortes (-40%).
No mesmo relatório epidemiológico, a OMS indicou que continua monitorando várias subvariantes da variante Ômicron, que representa 99,2% de todo o sequenciamento genético realizado no mundo.
Os cientistas estão, assim, acompanhando a evolução das subvariantes BA.1, BA.2, BA.3, bem como as mais recentes BA.4 e BA.5, bem como a forma recombinada de BA.1 e BA.2 (chamada de XE), para determinar suas características e compreender seu possível impacto na saúde pública.
A OMS também confirmou que, embora a Ômicron e suas subvariantes possam contornar a imunidade oferecida pelas vacinas, eles continuam sendo eficazes na prevenção de doenças graves e hospitalização.
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