Empresários com envolvimento em tráfico de drogas em Goiás e no Distrito Federal foram condenados em até 14 anos de prisão. Eles são acusados de transportar drogas vindas do Mato Grosso do Sul em grandes quantidades, camufladas em caminhões de cargas. A decisão é da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores, do Tribunal de Justiça de Goiás.
Foram condenados Gabriel Felipe Rodrigues Aguiar a 13 anos, um mês e seis dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado; Marcus Vinícius Rodrigues Elias, a 14 anos, quatro meses e seis dias de pena, a serem cumpridos em regime inicialmente fechado; Djalma Costa Bispo Filho, a seis anos, nove meses e 20 vinte dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado; Gilvanice Gomes dos Santos, a quatro anos, cinco meses e 20 dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente semiaberto; e Manoel da Silva Feitosa, a quatro anos, cinco meses e 20 dias de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente semiaberto.
O esquema foi desmontado pela Polícia Civil em junho de 2020, que culminou na prisão de seis integrantes do grupo e no sequestro de bens de luxo, que ultrapassavam R$ 3 milhões. Segundo denúncia, os réus teriam atuado desde 2018 adquirindo e comercializando entorpecentes em Goiás, Distrito Federal e outros Estados.
Os empresários eram donos de uma revenda de motocicletas em Aparecida de Goiânia e, também, atuavam com transporte de cargas lícitas. Segundo a juíza Placidina Pires, eles acumularam riquezas que não condizem com a renda dos negócios: adquiriram carros luxuosos, terrenos e uma fazenda, juntos avaliados em mais de R$ 3 milhões. Dessa forma, a magistrada determinou o sequestro dos bens.
A juíza apontou, na decisão, que escutas telefônicas e diligências confirmaram a relação entre os empresários e o transporte de drogas. Com o dinheiro do tráfico, eles compraram imóveis, inclusive em Caldas Novas, carros de lixo, caminhões e fazenda.
“Verifico que os réus não comprovaram, no curso da instrução processual, que receberam herança, acerto trabalhista ou ajuda financeira que justificasse a rápida elevação patrimonial que tiveram”, pontuou Placidina Pires.
Segundo apontam as investigações, as drogas eram transportadas em grande quantidade em caminhões, em caixas d’água ou em tonéis com compartimentos ocultos. Em julho de 2019, um carregamento com mais de 1,3 tonelada de maconha pertencente ao grupo chegou a ser apreendido em um caminhão de pintura asfáltica. Na ocasião, um dos integrantes morreu após abordagem da Polícia Militar.
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