A Polícia Civil acredita que são mais de 50 os clientes lesados pela Spazi Design, loja que fabrica e instala móveis planejados de alto luxo, e que na terça-feira (15) teve seus dois sócios majoritários presos por estelionato e por crimes contra relação de consumo. A estimativa é a de que o prejuízo causado aos consumidores que pagaram – mas não receberam seus produtos – chegue perto dos R$ 5 milhões.
Antes mesmo de deflagrar a operação que ontem cumpriu mandados de busca e apreensão em Itumbiara, Rio Verde, Goiânia, e Mineiros, a Polícia Civil já havia catalogado, somente em Goiás, 20 vítimas da empresa que, segundo denúncias, recebia adiantado pela fabricação e instalação de móveis planejados, mas desde o início do ano passado não entregava mais o que havia sido contratado. Os dois sócios da empresa, que segundo a polícia viviam em casas de alto padrão e andavam em carros de luxo, foram presos em Rio Verde, cidade onde fica a matriz e maior loja da Spazi Design.
“Nós ficamos assustados com a quantidade de jornalistas, delegados, e até magistrados que nos procuraram ontem logo após a notícia ser veiculada pela mídia, e que afirmaram também terem sido lesados pela Spazi Design. Da Paraíba, um grupo de 20 pessoas ligou para a delegacia de Rio Verde, e afirmou que também pagaram, mas não receberam os móveis que haviam encomendado”, descreveu o delegado Webert Leonardo, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon).
Como os pagamentos eram feitos adiantados, e o número de vítimas deve passar de 50, a estimativa do titular da Decon é que o prejuízo deixado pela Spzai Design aos clientes chegue a pelo menos R$ 4.5 milhões. Para tentar devolver o dinheiro a quem foi lesado, e amenizar os prejuízos, a justiça decretou, atentando a um pedido da Polícia Civil, o bloqueio de bens, imóveis e veículos dos dois investigados.
Como o nome dos sócios da Spazi Design não foram divulgados, a reportagem do Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa deles, mas o espaço segue aberto, caso queiram se pronunciar. De acordo com o titular da Decon, os dois investigados responderão presos inicialmente por estelionato e crimes contra a relação de consumo, mas, caso seja comprovada a participação de outras pessoas, podem responder, também, por associação criminosa, e lavagem de capitais.
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