As buscas por Lázaro Barbosa, suspeito de matar uma família em Ceilândia, entram no 12º dia. A força-tarefa segue com várias barreiras em estradas de terra e rodovias nas regiões de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. Na base de comando, no distrito de Girassol, equipes das forças especializadas de segurança e cães farejadores, entre eles a cadela que atuou em Brumadinho, estão reunidos. Outros policiais seguem no mato em buscando fugitivo.
Quem passa pela BR-070 é abordado pela polícia, seja durante o dia ou madrugada. Eles fiscalizam dentro do carro e porta-malas. Até sexta-feira (18), a força-tarefa tinha 270 agentes. No sábado (19), pelo primeiro dia, a Secretaria de Segurança Pública não fez uma coletiva para passar informações sobre as buscas pelo fugitivo e um balanço da operação.
Em nota, a SSP disse que as buscas ainda estão em andamento e que as equipes “estão cada dia mais conhecedoras das peculiaridades da área de atuação e do perfil de ação de Lázaro”.
Buscas com cães
Policiais de elite das polícias Civil, Militar e Federal fazem as buscas. Durante os trabalhos são usados helicópteros, drones com visão térmica, equipamentos com visão noturna, forte armamento e cães farejadores, entre eles a cadela que atuou em Brumadinho e chegou a Cocalzinho de Goiás no sábado, junto com outros três cachorros.
Segundo o Corpo de Bombeiros, que também atua nas buscas, esses cães são treinados para achar o cheiro de pessoas vivas ou mortas pelo ar, por isso, podem contribuir para encontrar o fugitivo que, segundo a polícia, por ser caçador, ele se esconde com facilidade em rios e matas.
Medo de família com grávida
Por medo de Lázaro Barbosa, uma família com seis pessoas, entre eles uma mulher grávida, dormiram dentro de um carro em frente à sede da força-tarefa montada em Cocalzinho de Goiás.
À TV Anhanguera, o chefe da família, o caseiro Manoel de Oliveira conta que deixou a propriedade onde mora, na zona rural, para dormir dentro do veículo com os quatro filhos e a esposa grávida.
“Não vou esperar a morte bater na porta. Por isso viemos ontem. Saímos só com a roupa do corpo. Não deu tempo de pegar nem a máscara”, afirmou.
Com bastante medo, Jorlene Costa, que está grávida de seis meses, conta que, assim como ela e família, outros vizinhos também tem feito o mesmo, deixado suas casas na zona rural e indo para a cidade, onde a sensação de segurança é maior.
"Todo mundo está saindo de suas casas por medo. Se ficar, a gente pode ter o fim de várias pessoas que ele vem matando. Como sou caseira de um lugar, não tenho outro local para ficar. Por isso, peguei meus filhos e vim com o carro aqui. Eu prefiro dormir no carro a ver um filho meu morto", afirmou.
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