Quinta, 21 de Novembro de 2024 12:18
(64) 99229-6034
Educação Prevista para junho

UEG volta a ter eleição direta para escolha de reitor

Instituição estava sob intervenção do Governo de Goiás desde 2019 e, desde então, comunidade universitária pedia o retorno da autonomia

14/04/2021 18h13
Por: Santa Helena Agora Fonte: O Popular
André Costa/O Popular
André Costa/O Popular

Decreto do governador Ronaldo Caiado publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta terça-feira (13) definiu pela realização de eleições para a escolha do novo reitor e coordenadores da Universidade Estadual de Goiás (UEG) que está sob intervenção desde 2019. Pela decisão, o pleito na instituição será realizado em junho e repetido a cada quatro anos. Na segunda-feira (12) a Associação de Docentes da UEG, a União Estadual de Estudantes (UEE) e o deputado estadual Antônio Gomide (PT) protocolaram ação na Justiça pedindo o fim do processo de intervenção.

A crise na gestão da UEG teve início após a renúncia de Haroldo Reimer, em abril de 2019, diante de supostas irregularidades no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O Governo de Goiás interveio na instituição em setembro daquele ano após a renúncia do reitor Ivano Devilla, que ocupou o cargo em substituição a Reimer. Na época, o então titular da Secretária de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), Adriano Rocha Lima afirmou que a instituição vinha sendo usada de forma política, com criação de cursos sem viabilidade e mantinha uma estrutura pesada, aumentando os custos. Desde então, teve início um processo de reestruturação. Os 41 campus foram transformados em oito e 33 unidades, sob protestos da comunidade acadêmica. 

A insatisfação cresceu em dezembro de 2019 quando o Conselho Universitário (CSU) se reuniu para definir a data da eleição do novo reitor. No dia do encontro, o governador Ronaldo Caiado decretou a extensão da intervenção, dando ao Chefe do Executivo o poder de definir a data do pleito universitário. Representações dos docentes e de técnicos condenaram a medida alegando que ela fere a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes de Base e a autonomia da universidade.

Em janeiro de 2020, o governador Ronaldo Caiado criou, por decreto, um novo estatuto para a UEG, retirando a autonomia da instituição. Com o decreto publicado nesta segunda-feira, a comunidade universitária volta a decidir o seu destino.

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.