A Polícia Civil concluiu que o policial militar da reserva Benedito Bento é o suspeito de matar a esposa com golpes de faca em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Segundo a investigação, ele esfaqueou Antônia Kátia Andrade, de 47 anos, após uma briga e incriminou o genro, que havia sido preso injustamente.
O G1 tenta localizar a defesa do detido para que se posicione.
O crime aconteceu no dia 14 janeiro deste ano, em uma chácara no Jardim Dom Bosco II. Na época, o marido da vítima disse à polícia que o autor era o genro dele, Wanderlei dos Antos. Em uma entrevista à TV Anhanguera, dias após a morte da mulher, ele disse que ela não tinha desentendimento com ninguém.
“Ninguém tinha mágoa dela. Ninguém. Todo mundo gostava dela”, disse Benedito durante entrevista.
Segundo o delegado Hudson Benedetti, após meses de investigação, a Polícia Civil descobriu que o policial aposentado estava mentindo. Com isso, o genro dele foi solto na última segunda-feira (31).
“O senhor Benedito Bento, após a morte da dona Kátia, lavou o veículo onde foi praticado o crime, o que nos trouxe uma certa desconfiança, uma vez que ele é policial militar da reserva e tinha plena consciência que a conduta adequada era apresentar o veículo para a perícia e não lavar”, disse o delegado.
Com base nas informações, a Polícia Civil deteu temporariamente o policial aposentado no dia 4 de abril, até que, na quarta-feira (2), ele teve a prisão convertida em preventiva, após a conclusão do inquérito.
Benedito responde por feminícidio, com pena de 15 a 30 anos de reclusão, e por fraude processual por incriminar outra pessoa, que pode levar a até 2 anos de prisão.
Crime
De acordo com o delegado, no dia do crime, a vítima e o marido estavam bebendo com a filha e o genro. Por causa da venda de um som, Antônia e Benedito começaram a discutir e, antes de ir embora, dentro do carro, o policial da reserva pegou uma faca e deu golpes na esposa.
Após matar a mulher, o homem ainda tentou socorrer a vítima e a levou até uma Unidade de Pronto Atendimento (Upa), mas ela não resistiu. O delegado acredita que essa atitude indica que ele agiu por impulso e que ele pode ter se arrependido.
“Foi um crime de ímpeto, ele fez aquilo ali sem pensar, então, eu acho que nesse momento bateu o arrependimento nele e ele tentou socorrer a vítima, só que ela já não tinha condições de socorro”, explicou o investigador.
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