Três homens foram presos suspeitos de matar um jovem de 21 anos, que foi atropelado após uma briga de torcidas organizadas, em Goiânia. Segundo a Polícia Civil, eles arremessaram o carro em que estavam contra a motocicleta da vítima, mas alegaram que tinha sido um acidente. Porém, depois do crime, o motorista mandou um áudio em um aplicativo de mensagens confessando o crime.
Como os nomes dos detidos não foram divulgados pela corporação, o G1 não conseguiu localizar as defesas deles para que se posicionem.
O cumprimento dos mandados de prisão temporária ocorreu na última quarta-feira (26). Já o crime aconteceu em 9 de fevereiro deste ano, no Residencial Vale dos Sonhos.
A princípio, a Polícia Civil apurou o caso como homicídio culposo na direção de veículo automotor, já que a vítima bateu a moto que pilotava contra um poste e o condutor do veículo fugiu do local sem prestar socorro.
De acordo com o delegado Marcos Gomes, durante os depoimentos, um dos investigados narrou que não teve a intenção de matar o jovem e que o ocorrido teria sido um acidente.
No entanto, durante as investigações, a polícia descobriu que o motorista e os outros dois investigados fazem parte da mesma torcida organizada e que, após uma briga de torcidas rivais, eles teriam aguardado a vítima perto do setor onde ela morava.
“A vítima era torcedora do Vila Nova. Antes do crime, o jovem tinha tido uma desavença com esses investigados, que pertencem à torcida do Goiás”, contou.
Segundo o delegado, quando os criminosos visualizaram a vítima, eles arremessaram o carro em que estavam em direção à motocicleta. Com isso, o jovem bateu em um poste e teve morte instantânea.
“Começamos as investigações na colheita de imagens e ouvindo testemunhas, e vimos que não era um crime de trânsito e, sim, um homicídio qualificado. Descobrimos que a vítima estava sendo perseguida por um veículo de cor branca. Eles teriam arremessado o carro contra a motocicleta da vítima”, disse o delegado.
O investigador disse que o áudio enviado pelo motorista em um grupo da torcida organizada, no qual confessava o crime, reforçou que o acidente foi proposital.
“Além de todas as testemunhas que relataram a perseguição, o condutor do veículo, após atropelar a vítima, mandou um áudio no grupo da torcida organizada falando que teria arremessado o veículo na vítima”, disse.
Ao G1, o Goiás Esporte Clube e o Vila Nova disseram que não vão se manifestar sobre o caso.
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