Um venezuelano foi levado para a delegacia suspeito de ameaçar a mulher e a enteada com uma faca, em Goiânia. Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), as vítimas se trancaram em um quarto para fugir dele. Vizinhos da família acionaram a corporação, que conseguiu imobilizar o homem. Ele foi ouvido na delegacia e liberado.
Como o nome do suspeito não foi divulgado pela GCM, o G1 não conseguiu localizar a defesa dele para que se posicione.
O caso aconteceu no domingo (30), no bairro Jardim Caravelas, por volta de 14h. De acordo com o comandante da Ronda Ostensiva Municipal de Goiânia (Romu) da GCM, Vagner Rodrigues, eles foram acionados por vizinhos da família, que ouviram gritos de socorro.
“Elas conseguiram se trancar em um dos cômodos, e ele estava tentando entrar, com uma faca. Elas gritaram por socorro e os vizinhos nos acionaram”, disse.
Segundo o comandante, o suspeito resistiu à abordagem. “Quando chegamos, encontramos o cenário de gritaria e pedido de ajuda. Ele tentou resistir, mas foi contido e algemado”, disse.
O comandante informou ainda que ele não tinha passagens pela polícia brasileira. À guarda, ele não respondeu o motivo da briga e optou por ficar calado.
O venezuelano foi levado para a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e, segundo a delegada Paula Meotti, da Deam, o caso não foi registrado como flagrante, pois o laudo do Instituto Médico Legal (IML) não constatou nenhuma lesão nas vítimas.
“Ela [a companheira] negou que tivesse sido agredida, não tinha nenhuma testemunha que visualizou realmente algum tipo de agressão. Ela fala que ele a ameaçou e a xingou, mas ela não quis representar criminalmente contra ele, então, não foi possível fazer o flagrante deste caso”, informou a delegada.
De acordo com a investigadora, com isso, não foi instaurado um inquérito policial e ele foi liberado após prestar depoimento.
“Se a vítima não mudar de ideia dentro de seis meses, não vai ser nem instaurado procedimento, pois a nossa legislação veda nestes casos. A narrativa dela e das pessoas que foram trazidas para a delegacia se amoldam à ação pública condicionada a representação ou a ação penal privada, e tudo depende da vontade dela para a gente fazer os procedimentos”, disse.
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