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Polícia Decon

Polícia apreende mais de 300 mil produtos de grupo apontado como maior falsificador de peças de carro do Centro-Oeste

Segundo delegado, autores importavam produtos sem marca, embalavam como se fossem de fabricantes famosas e vendiam para todo o Brasil

27/05/2021 14h44
Por: Santa Helena Agora Fonte: G1 Goiás
Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

A Polícia Civil apreendeu mais de 300 mil autopeças em Itapuranga, no noroeste de Goiás. Segundo a Delegacia de Crimes contra o Consumidor (Decon), a operação é a maior realizada no estado nos últimos dois anos – desde o cumprimento de mandados contra o mesmo grupo, em 2019. A corporação aponta os autores como os maiores falsificadores de peças de carro do Centro-Oeste.

A operação realizada na quarta-feira (26) visitou quatro endereços na cidade. Um dos locais era a sede de empresa para venda das autopeças e os outros eram galpões usados para dar às peças sem marca um selo falso de fabricantes conhecidas no mercado e para embalar esses produtos.

"Nosso investigado importa as peças da China, sem marcação. Eles tinham um local específico para marcar e outro para encaixotar. De lá, ia para empresa dele e vendia para o país inteiro”, resumiu o delegado responsável pela operação, Frederico Maciel.

De acordo com a Polícia Civil, a Justiça de Goiás concedeu um mandado de prisão preventiva ao homem suspeito de chefiar o grupo, mas ele não foi encontrado durante as buscas, por isso é considerado foragido.

O nome do investigado não foi divulgado, por isso o G1 não conseguiu localizar a defesa ele para pedir uma posição sobre o caso.

O delegado informou ainda que as peças eram vendidas pelos criminosos por cerca de um terço do preço comum de mercado às distribuidoras e revendedoras. Por isso, essas pessoas que compravam esses itens estão sendo investigadas, porque saberiam que eles não eram originais.

Apesar do “desconto” às revendedoras, os produtos marcados e embalados pelo grupo eram vendidos ao consumidor final pelo “preço cheio” de peças originais.

Segundo da Polícia Civil, o caso foi denunciado pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), que também vem acompanhado a atuação do grupo. Membro da organização, Rodolfo Ramasini pediu que consumidores fiquem atentos e denunciem, caso fiquem desconfiados.

“Quando estiver muito barato, é preciso desconfiar. Se você ver diferença na cor da embalagem, do produto em si, qualquer alteração deve entrar em contato com SAC da indústria e nos repassar as informações”, explicou.

As denúncias à ABCF podem ser feitas por:

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