A Prefeitura de Goiânia estuda manter o comércio não essencial aberto a partir de quarta-feira (14), quando o decreto em vigor vai perder validade. O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e o governador Ronaldo Caiado (DEM) conversaram na tarde desta segunda-feira (12) e, a tendência, segundo a prefeitura, é rever algumas restrições de segurança para os estabelecimentos que, por natureza, podem ocasionar maior aglomeração.
A revisão das medidas será apresentada a prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia, representantes do Ministério Público e do Judiciário. Após as discussões, haverá ainda a deliberação do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus para que os termos de um novo decreto sejam definidos.
Os comerciantes estão seguindo regras de segurança estabelecidas pela prefeitura, como horários de funcionamento por setor de atuação. No momento, não foi divulgado se as regras atuais de segurança continuarão valendo a partir de quarta-feira.
O comércio considerado não essencial ficou fechado durante o mês de março e retomou as atividades no dia 31. Desde então, a prefeitura adotou o rodízio de abertura e fechamento de 14 x 14 dias, conforme previa o decreto do estado.
O prefeito Rogério Cruz destacou que os indicadores da Covid-19 permitem, neste momento, tomar uma decisão de equilíbrio com os comerciantes.
“Temos uma certa segurança do que estamos acompanhando há uma semana, não temos pacientes de UTI em espera e a cada dia temos aumentado o número de leitos porque sabemos que viemos dos 14 dias fechados e precisamos estar muito atentos do que podemos receber nos próximos dias”, explicou o prefeito.
O secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso, apresentou uma queda de 16% para 5,8% nas testagens ampliadas que vêm sendo realizadas em Goiânia desde que as medidas restritivas foram tomadas. As informações levadas pelo secretário mostram um recuo nas taxas de contaminação, ocupação de leitos e pedidos de vagas de UTI.
O secretário Estadual de Saúde (SES), Ismael Alexandrino, explicou que há uma tendência visível e sustentada de queda dos números da pandemia em Goiás.
O governador Ronaldo Caiado alertou na reunião para a necessidade de a população aderir ao combate contra a doença.
“Se não tivermos a contrapartida da população e a demanda de leitos for maior do que nós temos de oferta, se o RE ultrapassar o parâmetro de 1,2 em diante, não conseguiremos e, como tal, teremos que recuar dessa medida", ponderou o Caiado.
Coronavírus em Goiânia
O boletim da Secretaria Municipal de Saúde de segunda-feira (12) mostrava que a capital já teve 136.710 moradores contaminados com o vírus, sendo 3.942 mortes.
Em Goiânia, das 311 vagas de UTI, 83% estão em uso. O índice na enfermaria, que tem 218 leitos, é de 87%. Ao todo, 11.813 pacientes estão internados na capital e, destes, 5.275 estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
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