Após o vizinho de 2 anos ser atacado pelo pit bull da família, Rubens Souza, que mora na casa ao lado, ouviu gritos e pulou o muro para tentar salvar a criança, em Luziânia, no Entorno do DF. Ele contou que viu o cachorro mordendo o menino e conseguiu separá-los. O garoto foi socorrido, mas morreu por causa do ferimento. O irmão da vítima, de 7 anos, foi mordido no braço e se recupera em casa.
“Eu vi a criança deitada com o cachorro grudado no pescoço dela. Abri uma brecha na boca dele, consegui botar minha mão para puxar. Consegui liberar”, descreveu Rubens.
O acidente aconteceu no domingo (19), no setor Parque Paulistano Gleba A. Quando policiais militares chegaram ao local, as crianças já haviam sido socorridas e levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. Segundo os PMs, o cachorro iria atacá-los também. Por isso, precisaram atirar. O animal morreu.
Investigação
A Polícia Civil está investigando o caso. O delegado Cassius Zamó é responsável pela apuração e afirmou que deve ouvir a família e testemunhas para saber como tudo aconteceu e apontar se alguém deve ser responsabilizado.
“Tudo indica que o cachorro estava em casa e, por uma questão de algum surto, o animal atacou as crianças. [...] Pode haver desde uma contravenção penal até uma omissão ou crime mais grave”, disse o delegado.
No dia em que as crianças foram mordidas, a Polícia Civil relatou que ouviu os policiais e o pai dos garotos, quando avaliou que não havia necessidade para a prisão em flagrante de nenhum dos responsáveis. A mãe e outros familiares estavam na UPA com as crianças no momento do registro policial e, por isso, não foram ouvidos na ocasião.
O corpo do garoto de 2 anos foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para ser periciado. De acordo com a Polícia Técnico-Científica, foram feitos os exames necessários e o corpo foi liberado para a família na segunda-feira (19) para ser enterrado.
O corpo do pit bull foi recolhido por um técnico do Centro de Zoonoses. Segundo informações do órgão, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE) deve levar a cabeça do animal para ser examinada em Goiânia para verificar se ele estava sadio.
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