A jovem de 19 anos que foi salva por moradores durante uma tentativa de estupro contou detalhes sobre os momentos de desespero que viveu quando ia para o trabalho em uma padaria de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia. Câmeras de monitoramento registraram o homem tentando agarrá-la.
"Tentei arranhar, beliscar, fazer o que podia para que me soltasse. Os carros passando, sabe, não deram a mínima, e eu gritando desesperada. Tentei entrar na frente de um carro, mas não adiantou. Eu já estava sem forças", contou a jovem.
Como a identidade do homem não foi revelada e ele não havia sido preso até a manhã desta segunda-feira (17), o G1 não conseguiu identificar a defesa dele para que se posicione sobre o crime.
O caso ocorreu na madrugada do sábado (15) na Avenida Araguaína, no Setor Maysa II. Segundo a jovem, após tentar roubar o celular dela, o homem a agarrou, passou a mão pelo seu corpo e tentou atingir a cabeça dela com uma garrafa de vidro.
“Ele pediu para eu calar a boca e começou a tampar minha boca, mesmo assim, eu resisti, continuei gritando. Ele tentou me agarrar, passando a mão no meu corpo, me abraçando, me apertando, e eu tentando me livrar dele o tempo todo", relatou.
Após motoristas terem passado e se negado a ajudá-la, o vídeo mostra o momento em que outros condutores param e moradores, que ouviram os gritos da mulher, se aproximam para resgatá-la. De acordo com a jovem, o homem ainda mentiu para as primeiras pessoas que se aproximaram.
"Ele falou que era meu marido, que eu estava embriagada e que ele só estava tentando me levar para casa”, revela.
Testemunhas acionaram a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram ao local, o criminoso já havia conseguido fugir.
Investigação
Segundo a ocorrência da PM, os militares relataram que fizeram um patrulhamento na região tentando encontrar o criminoso, mas o homem não foi localizado. Em seguida, os policiais acompanharam a jovem até a casa dela.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, Cássia Sertão, ela foi ouvida na delegacia na manhã desta segunda-feira (17), onde passou as características do suspeito.
"Estamos realizando as diligências necessárias para tentar identificá-lo. Ela disse que consegue identificá-lo. Ele é alto, magro, moreno e tem por volta de 40 anos", detalhou a delegada.
Depois dos momentos de pânico, a jovem ainda contou que pediu demissão do trabalho. Ela teme ser abordada novamente.
“Minha mãe pediu para que eu não fosse mais [trabalhar], meus familiares também falaram que não é para eu ir, então tive que pedir demissão, por mais que eu esteja precisando”, ressaltou.
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