Dois homens foram presos suspeitos de perseguir as ex-companheiras em redes sociais, em Planaltina de Goiás, Entorno do Distrito Federal. Em um dos casos, um deles chegou a colocar fogo na moto da vítima e agredi-la, segundo a polícia.
O crime de perseguição, conhecido popularmente também como stalking, entrou em vigor no dia 31 de março deste ano e prevê pena de 6 meses a 2 anos de prisão. Ele se aplica também no ambiente de redes sociais, quando são feitas ameaças físicas ou psicológicas às vítimas.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pela polícia e, por isso, o G1 não conseguiu identificar a defesa dos investigados.
Em um dos casos, o homem mandava constantes mensagens em um aplicativo de mensagens fazendo ameaças à ex. No dia 11 de abril, ele teria colocado fogo e destruído a moto da vítima. A mulher, então, pediu uma medida protetiva contra o homem.
Em uma mensagem, o suspeito teria dito que estava esperando a ex-companheira em um posto de combustíveis.
“Se você não descer aqui, vou atrás de você onde você estiver”, diz a conversa.
Porém, sem se conformar com o fim do relacionamento e desrespeitando a ordem judicial, o homem teria ido até um bar no dia 9 de maio e agredido a ex com diversos socos no rosto. Ele foi preso dois dias depois.
No segundo caso, a polícia informou que um homem de 32 anos estava perseguindo a ex-companheira desde abril, fazendo ameaças tanto presencialmente quanto pelo aplicativo de mensagem.
Em uma das conversas, a vítima diz que não vai deixá-lo voltar para casa e, inclusive, já deu algumas coisas para ele. O homem, então, responde: “Eu não tenho mais nada a perder”.
Durante uma das ameaças, a vítima chegou a mandar mensagem a uma pastora pedindo que orasse por ela, pois estava com muito medo. O caso foi denunciado à polícia e o homem, preso na quarta-feira (12).
O delegado João Rafael Veloso informou que os dois homens seguem presos. Em depoimento, ambos negaram que perseguissem as ex-companheiras.
“A Polícia Civil tem percebido o aumento nesses casos de perseguição e orienta todas as vítimas para que procurem a delegacia e informem estar passando por esse tipo de situação para que seus direitos e sua integridade física sejam preservados”, orientou o delegado.
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