Grupo suspeito de fraudar aposentadorias em Goiás é alvo de operação da Polícia Federal na Manhã desta terça-feira (30). A corporação, em conjunto com a a Força-Tarefa Previdenciária, cumpre 11 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e um mandado de medida restritiva. A apuração levantou que o esquema provocou R$ 76 milhões em prejuízos aos cofres públicos.
A operação se concentra em aposentadorias concedidas por idade e por tempo de contribuição para pessoas que, supostamente, não apresentavam as condições exigidas para obtenção do benefícios. O esquema envolveu pelo menos 1.505 benefícios obtidos de forma fraudulenta.
Ordens judiciais são cumpridas em Goiânia, Serra Talhada (PE), Paranã (TO) e São José dos Campos (SP). Investigados tiveram bens sequestrados.
Segundo levantamento da Polícia Federal, em parceria com a Força-Tarefa Previdenciária, o grupo criminoso incluía tempo de contribuição e salários nos cálculos dos benefícios sem registros dos vínculos empregatícios ou recolhimentos como contribuinte individual.
A investigação mostra que não havia registro digital na base de Gerenciamento de Tarefas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) dos documentos que comprovassem os tempos de contribuições utilizados nas concessões dos benefícios.
Além disso, há indícios de retroação da data de início do benefício em quase antes da concessão para gerar alto montante de valores atrasados, os quais, segundo a PF, eram repassados aos criminosos.
A Polícia Federal constatou a atuação de uma servidora do INSS como concessora do seu suposto companheiro/esposo, de dois irmãos deste e de um sobrinho, além de diversos agenciadores.
A última consolidação dos dados apresentada pelo Núcleo Regional da Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista em Goiás (NUINT-GO) indicou 1.505 benefícios obtidos fraudulentamente, cujo pagamento provocou um prejuízo aproximado de R$ 76 milhões de reais aos cofres públicos.
Os investigados poderão responder na justiça por organização criminosa, estelionato contra o INSS, peculato, inserção de informações falsas em sistemas de informação da previdência, lavagem de dinheiro, além de outros crimes.
Fonte: Mais Goiás
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