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Polícia 2 m de comprimento

Cobra píton albina de mais de 2 metros é capturada dentro de casa em Aparecida de Goiânia

Segundo biólogo, espécie é de origem asiática ou africana, não é peçonhenta e pode ter sido trazida clandestinamente para o Brasil

11/06/2021 14h40
Por: Santa Helena Agora Fonte: G1 Goiás
Divulgação/Corpo de Bombeiros de Goiás
Divulgação/Corpo de Bombeiros de Goiás

O Corpo de Bombeiros capturou uma cobra píton albina de mais de 2 metros de comprimento dentro de uma casa em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. De acordo com o biólogo Edson Abrão, a espécie é de origem asiática ou africana e é rara no Brasil, podendo ter sido trazida de forma clandestina. Um vídeo mostra o animal depois da captura.

“É uma píton albina, ela é exótica, não é do Brasil, é uma serpente da África ou da Ásia. Pode ter escapado de algum cativeiro. Provavelmente, foi comprada filhote e trazida clandestinamente para cá. O filhote dela custa até R$ 3 mil, uma deste tamanho pode valer R$ 15 mil”, explicou.

O resgate aconteceu na tarde da quinta-feira (10), no Setor Aeroporto Sul. Segundo os militares, a dona da casa estava no quintal quando viu a cobra e acionou a corporação.

O biólogo ainda explicou que todas as serpentes possuem veneno, mas nem todas conseguem injetar nas presas, o que é o caso da píton albina.

"Apesar de ela ter veneno, ela não é peçonhenta. O macho não difere da fêmea. Vive como uma sucuri ou jiboia, mata por estrangulamento”, contou Edson.

Segundo o delegado Luziano Severino de Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), o caso deve ser apurado para saber se existe a possibilidade do crime de tráfico de animais em Goiás.

“Vamos atrás disso. Essa cobra pode ter vindo de perto, até mesmo na vizinhança, isso significa que podemos ter tráfico de animais. Esse animal deve ter chegado aqui ainda filhote”, pontuou.

O delegado ainda informou que o tráfico de animais é crime ambiental e pode gerar pena de seis meses a um ano de prisão e multa.

O animal foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde deve receber cuidados e um destino apropriado.

De acordo com o Ibama, a cobra pode ter sido traficada, já que não possui microchip de controle de animais silvestres. O instituto ainda ressaltou que por se tratar de uma espécie exótica, a cobra será encaminhada para um local autorizado de manutenção de fauna silvestre, e que a soltura do animal em habitat natural é proibida por lei.

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