A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia do Senado ouvirá, pela segunda vez, na próxima terça-feira (8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O secretário executivo da pasta, Antonio Élcio Franco, será ouvido no dia seguinte.
A reconvocação de Queiroga foi decidida logo depois do primeiro depoimento dele, em 6 de maio, sob a justificativa de que o ministro deixou de responder a muitas perguntas em sua passagem pela comissão. Um dos assuntos que devem ser abordados pelos senadores é a decisão do governo federal de o Brasil sediar a Copa América, a pedido da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). O campeonato ocorrerá entre os dias 13 de junho e 10 de julho.
O novo cronograma, com a novidade de depoimentos agendados também às sextas-feiras, foi divulgado hoje (2) pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Um dos depoimentos agendados é o do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, para 15 de junho. O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel será ouvido no dia 16. No dia 17 de junho, será a vez de o empresário Carlos Wizard falar à CPI. Senadores da comissão suspeitam que o empresário integra um "gabinete paralelo" de aconselhamento do governo em assuntos relacionados à pandemia da covid-19.
Já o representante da White Martins, empresa que fornece de oxigênio a unidades hospitalares de todo o país, Paulo Baraúna, irá responder às perguntas de senadores no dia seguinte.
O presidente da CPI chegou a anunciar que o primeiro governador em exercício a ser ouvido, Wilson Lima, do Amazonas, compareceria à comissão no dia 29. Mas, diante da quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal, que tem o governador amazonense como um dos alvos, no fim da manhã de hoje, Aziz disse que a oitiva vai ser antecipada para o dia 10. O secretário de Saúde do estado também é investigado na operação, que apura desvios de recursos destinados ao enfrentamento da covid-19.
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