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Polícia 11 animais salvos

Operação fecha abatedouro clandestino suspeito de vender carne de cavalo a açougues de Aparecida de Goiânia

Suposto proprietário fugiu, mas esposa e filha estavam no local e foram levadas a delegacia

28/05/2021 07h37
Por: Santa Helena Agora Fonte: G1 Goiás
Divulgação/Prefeitura de Aparecida de Goiânia
Divulgação/Prefeitura de Aparecida de Goiânia

Um abatedouro clandestino de cavalos foi fechado em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Everson, pelas características verificadas, a suspeita é que a carne dos animais era vendida no comércio do município. Duas pessoas estavam no local e foram levadas para uma delegacia.

“O formato dos cortes leva a crer que açougues e supermercados compravam a carne. Parte estava desossada da forma que vemos em vitrines”, pontua o secretário.

Por não terem a identidade divulgada, o G1 não conseguiu contato com a defesa das pessoas suspeitas de envolvimento.

Além da prisão, o responsável pelo abatedouro poderá sofrer sanções e penalidades administrativas como maus-tratos aos animais, abandono e lesão. Para a ocorrência em questão, a prefeitura estabelece multa que varia de R$ 200 a R$ 200 mil.

A operação, realizada em conjunto com a Vigilância Sanitária e a Polícia Miliar, foi realizada na noite da última quarta-feira (26), no bairro Cidade Vera Cruz, após denúncia anônima. Segundo a secretaria, foram encontradas carnes, ossadas, carcaças. A equipe resgatou 11 cavalos, possivelmente de origem de furto ou roubo, em situação de maus-tratos.

“Uma situação horrível, para não dizer sinistra. Tinha bastante sangue e pedaços de animais espalhados pelo chão, e outros animais aguardando o abate. Ficamos impressionados”, relata.

O delegado titular do 4º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, Dakir Specht, atendeu a ocorrência e informou que o suposto proprietário do abatedouro não estava no local durante o flagrante. A esposa e a filha do homem foram levadas à delegacia, prestaram depoimento e foram liberadas por falta de provas de coautoria no crime.

“Elas disseram que tinham acabado de chegar na chácara. O proprietário que faz esse abate conseguiu fugir. Além disso, a Vigilância Sanitária foi ao local e não conseguiu provas de que essa carne seria destinada a consumo de terceiros, procuraram documentos, mas não conseguiram detectar, por isso, elas foram liberadas”, diz o delegado.

Cláudio Everson contou que os cavalos resgatados foram encaminhados a uma chácara da cidade para serem tratados. Após a recuperação, poderão ser devolvidos aos verdadeiros donos ou enviados a Organizações Não Governamentais (ONGs).

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