Uma grávida de 19 anos, no sétimo mês de gestação, e o namorado dela, de 17, foram baleados no Residencial Itaipu, em Goiânia. Uma pessoa presenciou quando a jovem pedia por socorro e gravou o momento de desespero em que ela chora: “Gente, cadê a ambulância?”. Enquanto isso, uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM), chegou ao local. Segundo a corporação, crime pode ter relação com briga entre torcidas organizadas.
A situação aconteceu no domingo (23). De acordo com o comandante da Ronda Municipal (Romu) da GCM, Vagner Rodrigues, os dois jovens foram baleados e levados pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa), na Região Metropolitana da capital.
Por meio de nota, a unidade informou que o estado de saúde do adolescente é considerado gravíssimo e que ele foi “vítima de múltiplos ferimentos por arma de fogo”. O hospital detalhou ainda que o paciente “passou por procedimentos cirúrgicos e está sendo acompanhado pela equipe médica”, sem previsão de alta.
A jovem grávida, também baleada, foi atendida no pronto atendimento da unidade, “passou por procedimentos de sutura e curativo e já recebeu alta médica”.
Investigação
Segundo o comandante da Ronda Municipal (Romu), o casal foi baleado horas antes da final do Campeonato Goiano, entre Vila Nova e Grêmio Anápolis.
O adolescente ferido usava uma camiseta do time da capital e, de acordo com apuração da equipe da GCM, uma pessoa com uma camiseta do Goiás Esporte Clube estaria dando apoio a quem atirou contra o casal.
“Há muitas divergências do que seria a motivação, porque o casal tem passagens por tráfico de drogas, associação criminosa, entre outras, o que mostra que têm envolvimento com o crime, o que chega a criar várias linhas de investigações. Esse fato pode ter acontecido em dia de final do Campeonato Goiano para desvencilhar as investigações [do histórico de passagens]”, pondera.
Contatados pelo G1, os dois clubes disseram que não vão se manifestar sobre o caso.
Ainda de acordo com Vagner, a principal suspeita é de que o alvo era o adolescente e não e gestante. A Polícia Civil deve investigar o caso, no entanto, até a publicação desta reportagem não havia sido divulgado qual delegado deve assumir a apuração.
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