A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta-feira (20), o pai da menina de 6 meses que foi levada a hospital de Anápolis, a 55 km de Goiânia, com mais de 30 lesões pelo corpo. O homem de 27 anos é considerado suspeito de ter causado esses ferimentos na criança, segundo as investigações. Ele está detido preventivamente por lesão corporal grave ou gravíssima.
Até a última atualização desta reportagem, o G1 não conseguiu identificar quem representa o investigado para pedir uma posição sobre o caso.
O homem já havia dito, em depoimento à Polícia Civil, que pode ter machucado a filha "sem querer". À época que interrogou o pai, a delegada Kênia Duarte contou que ele acredita que pode ter ferido a criança enquanto estava com ela no colo e se abaixou para pegar um celular ou "ao massagear o tórax dela para reanimá-la” antes de ela ser levada ao hospital.
A mãe também foi ouvida pela delegada, mas o conteúdo do depoimento dela não foi divulgado para não atrapalhar as investigações. A mulher estava acompanhando a internação da filha.
A menina está internada há dez dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Até segunda-feira (17), ela mantinha estado de saúde considerado grave e respirava com ajuda de aparelhos.
Nesta manhã, o hospital informou que o estado de saúde dela é considerado regular e ela já respira espontaneamente.
Segundo informações da Polícia Civil, além de ser suspeito de causar as lesões na filha, o pedido de prisão preventiva do pai foi feito porque ele é visto por algumas pessoas que prestaram depoimento como "altamente impulsivo e explosivo, em seu âmbito doméstico, cuja liberdade lhes gera temor".
Atendimento médico
O caso foi registrado na noite de 10 de maio, por volta de 22h30, quando a criança foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento Pediátrica de Anápolis, cidade onde a família mora. No local, uma médica percebeu mais de 30 hematomas aparentes pelo corpo da menina e suspeitou que ela fosse vítima de maus-tratos, portanto acionou conselheiros tutelares e policiais.
Segundo a enfermeira chefe da UPA, Wanessa Gusmão, a bebê já chegou ao local com dificuldade para respirar. De acordo com a profissional, ela não respondia às avaliações neurológica, motora e respiratória feitas pela equipe médica.
No mesmo dia, a menina foi transferida da UPA Pediátrica de Anápolis para o Hugol, em Goiânia.
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